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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quinta - 05 de Maio de 2005 às 14:50
Por: MARIA ANGÉLICA OLIVEIRA

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A Polícia Federal realizou ontem uma operação simultânea em quatro Estados, incluindo Mato Grosso, para desarticular uma rede de contrabando. A organização criminosa comercializava ilegalmente eletroeletrônicos, equipamentos de informática, equipamentos médico e odontológicos, compostos farmacêuticos, agrotóxicos, produtos farmacêuticos e cigarros trazidos do Paraguai. Cinqüenta e nove pessoas que estavam com a prisão decretada foram presas – duas delas em Mato Grosso.

A Operação Hidra envolveu mais de 650 policiais em São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Um dos braços da quadrilha atuava no Estado na distribuição de cigarros para cidades da região sul. Este núcleo era composto por oito pessoas, que movimentavam cerca de R$ 1 milhão por mês. Todos serão indiciados por formação de quadrilha e contrabando.

Durante toda a manhã, 56 agentes, delegados e escrivães – quase o total do efetivo - cumpriram oito mandados de busca e apreensão em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Dom Aquino. Duas pessoas estão presas e uma foragida. Fátima Francisca Moraes Cabral foi presa em Rondonópolis e José Valdeni Gomes, em Várzea Grande. Os dois serão transferidos para Maringá (PR), onde as investigações se concentram. A PF procura ainda Olivaldo Francisco da Costa, que mora em Rondonópolis e está foragido.

Os três faziam a receptação dos produtos contrabandeados que chegavam a Mato Grosso. Os cigarros saíam de Mundo Novo (MS) escondidos em compartimentos secretos de caminhões-tanque com destino a Dom Aquino e Rondonópolis. Cada carga, com cerca de 270 caixas de cigarro, valia cerca de R$ 250 mil. Os veículos pertencem a Renato Pertile, apontado pela PF como um dos líderes da rede que controlaria o contrabando no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Já no Paraná, a rede era comandada por José Doniseth Balan, que foi citado na CPI da Pirataria. Ele também atuava em São Paulo. Ontem, foi preso no Mato Grosso do Sul.

De Rondonópolis, os cigarros seguiam para outras cidades, como Campo Verde e Juscimeira. Segundo as investigações, em Dom Aquino, a carga era descarregada por Miguel Blank, que encaminhava os produtos para Cuiabá e Várzea Grande. Lá, também atuavam Leidimar Costa Lima e Ubiratan Halan Mendes. Em Várzea Grande, a PF fez buscas nas casas de Josino José Alves e Claudinei da Silva. Josino foi preso em flagrante em uma galeria de camelôs porque estava com cigarro contrabandeado. A PF também fez apreensões no Shopping Popular, na avenida Prainha. Em Rondonópolis, uma outra pessoa – cujo identidade não foi divulgada – também acabou detida por armazenar cigarro contrabandeado.

Em Mato Grosso, as investigações duraram dez meses. Durante esse período, foram feitas quatro apreensões dos carregamentos trazidos nos caminhões-tanque, num total de mais de mil caixas de cigarros.





Fonte: Diário de Cuiaba

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