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Brasil apóia candidato uruguaio à direção da OMC
governo brasileiro apoiou formalmente a candidatura do uruguaio Carlos Pérez del Castillo para o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), segundo informação divulgada pelo Itamaraty nesta quarta-feira.
Uma nota do Ministério das Relações Exteriores diz que o chanceler Celso Amorim "após examinar o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva", telefonou para o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, e comunicou que o governo brasileiro apoiará Castillo.
A disputa pelo cargo na OMC havia criado um mal estar entre o Brasil e outros países latino-americanos porque o governo optou lançar a candidatura do embaixador brasileiro Luiz Felipe de Seixas Corrêa, em concorrência com a do uruguaio.
A indicação de Seixas Corrêa, posteriormente retirada, foi um dos motivos apontados como justificativa para a escalada da tensão diplomática entre Brasil e Argentina.
Tensões com Argentina
Analistas entrevistados pela BBC Brasil sobre os recentes desentendimentos entre os vizinhos citaram a candidatura brasileira à OMC como uma das fontes de tensão.
O próprio ministro das Relações Exteriores da Argentina, Rafael Bielsa, admitiu em visita a Washington na última segunda-feira que a disputa pela direção da OMC foi um "ponto de divergência entre brasileiros e argentinos".
“Não é que haja uma insatisfação a respeito do protagonismo do Brasil”, disse Bielsa. “Tivemos um episódio concreto em que opinamos diferente, que foi na candidatura à OMC.”
Para Julio Nogues, professor de políticas e instituições de comércio internacional da Universidade Torcuato Di Tella, ao defender candidato próprio à OMC, o Brasil reduziu o prestígio do candidato uruguaio.
“Essa estratégia não somou, só dividiu. E pior para a região será ter o europeu Pascal Lamy na OMC”, afirma Nogues.
O cientista político José Augusto Guilhon Albuquerque, coordenador do Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da USP, também citou a candidatura própria na OMC como uma demonstração de força no Brasil.
“O espetáculo do Brasil se opondo à candidatura de um país do Mercosul e votando contra todos os outros países latino-americanos na OMC é um episódio grave do ponto de vista da unidade e da cooperação no continente”, disse Guilhon.
Uma nota do Ministério das Relações Exteriores diz que o chanceler Celso Amorim "após examinar o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva", telefonou para o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, e comunicou que o governo brasileiro apoiará Castillo.
A disputa pelo cargo na OMC havia criado um mal estar entre o Brasil e outros países latino-americanos porque o governo optou lançar a candidatura do embaixador brasileiro Luiz Felipe de Seixas Corrêa, em concorrência com a do uruguaio.
A indicação de Seixas Corrêa, posteriormente retirada, foi um dos motivos apontados como justificativa para a escalada da tensão diplomática entre Brasil e Argentina.
Tensões com Argentina
Analistas entrevistados pela BBC Brasil sobre os recentes desentendimentos entre os vizinhos citaram a candidatura brasileira à OMC como uma das fontes de tensão.
O próprio ministro das Relações Exteriores da Argentina, Rafael Bielsa, admitiu em visita a Washington na última segunda-feira que a disputa pela direção da OMC foi um "ponto de divergência entre brasileiros e argentinos".
“Não é que haja uma insatisfação a respeito do protagonismo do Brasil”, disse Bielsa. “Tivemos um episódio concreto em que opinamos diferente, que foi na candidatura à OMC.”
Para Julio Nogues, professor de políticas e instituições de comércio internacional da Universidade Torcuato Di Tella, ao defender candidato próprio à OMC, o Brasil reduziu o prestígio do candidato uruguaio.
“Essa estratégia não somou, só dividiu. E pior para a região será ter o europeu Pascal Lamy na OMC”, afirma Nogues.
O cientista político José Augusto Guilhon Albuquerque, coordenador do Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da USP, também citou a candidatura própria na OMC como uma demonstração de força no Brasil.
“O espetáculo do Brasil se opondo à candidatura de um país do Mercosul e votando contra todos os outros países latino-americanos na OMC é um episódio grave do ponto de vista da unidade e da cooperação no continente”, disse Guilhon.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/341325/visualizar/
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