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Nacional
Quinta - 13 de Dezembro de 2012 às 08:32

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No primeiro semestre de 2013, quatro suspeitos de integrar um grupo neonazista serão julgados em Porto Alegre por tentativa de homicídio, formação de quadrilha e racismo, um fato inédito no Brasil segundo o delegado Paulo César Jardim, que há dez anos coordena uma equipe de investigação contra grupos extremistas no Sul do país. "Teremos a experiência, através do Júri popular, de julgar o envolvimento de nazistas pela primeira vez. Na América do Sul, esse tipo de fato, com tentativa de homicídio e formação de quadrilha, é inédito", afirmou. As informações são informativo judaico Alef.

Ainda sem data definida, o Júri vai decidir o futuro de uma mulher e três homens que se envolveram, segundo denúncia do Ministério Público aceita pela Justiça, em uma agressão a três judeus em maio de 2005 no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, com facas e canivetes, junto com outros dez suspeitos. O MP sustentou que os réus integravam um grupo que pregava o preconceito contra judeus, negros, homossexuais e punks. Além das agressões, eles veiculavam ideias discriminatórias pela Internet, divulgavam letras de músicas, fotografias e imagens com mensagens de conteúdo antissemita e nazista e pregavam a supremacia da raça ariana.

Mesmo com a provável condenação, o policial não acredita no fim da propagação do nazismo no estado: "É um posicionamento ideológico, por isso não acredito no seu término", destacou ele, responsável pelo indiciamento de 35 neonazistas no estado na última década. Conforme a lei 7.716, de 1989, "fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo" prevê pena de até três anos de reclusão.






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