Estudo divulga hoje casos de hepatite na grande Cuiabá
No Nordeste, variou de 40% a 45% a proporção de pessoas que tiveram hepatite A entre os examinados de cinco a 19 anos de idade. No Centro Oeste, foi de 30% a 65%. Quanto à hepatite B, os índices foram inferiores a 1% em pessoas com mais de 10 anos. Estavam infectados 0,22% dos examinados com idade a partir de 20 anos no Nordeste. No Centro Oeste, a proporção foi de 0,6% nessa mesma faixa etária. A coordenadora da pesquisa, médica Leila Beltrão, chefe do serviço de Gastroenterologia e Hepatologia do Hospital Oswaldo Cruz, ligado à Universidade de Pernambuco (UPE), acredita que a melhoria do abastecimento d’água nas capitais, a vacinação contra hepatite B e as campanhas de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis podem ter contribuído para diminuir a transmissão.
“A baixa prevalência deve estar associada a esses fatores”, comentou. A hepatite A é transmitida pela ingestão de água contaminada e a B, por relação sexual sem preservativo e compartilhamento de seringas e agulhas. Segundo Leila, pesquisas isoladas tinham apontado proporção de 70% de infectados por hepatite A. E, levantamentos em bancos de sangue, constatavam de 0,8% a 1% a proporção de infectados pela hepatite B.
No Nordeste e Centro Oeste foram testadas, neste primeiro inquérito, cerca de oito mil pessoas. Os dados que estão sendo divulgados dizem respeito às capitais do Nordeste, Cuiabá (MT), Campo Grande e Goiânia. Os números do Distrito Federal serão divulgados em um mês. Nos próximos 30 dias também deverá ser liberado resultado final dessa etapa. A próxima, envolvendo as regiões Sudeste, Sul e Norte, deve começar em setembro.
Os dados apontam que a infecção por hepatite C pode ser maior que a esperada. No entanto, precisam ser feitos ainda testes confirmatórios. Por enquanto, o inquérito mostra que até 2,1% dos testados tiveram contato com o vírus.
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