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Internacional
Quarta - 04 de Maio de 2005 às 21:20

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Fort Hood, EUA - Um juiz militar rejeitou a alegação de culpa feita pela soldado Lynndie England no caso dos abusos cometidos contra prisioneiros iraquianos na prisão de Abu Ghraib. Para a Justiça militar americana, um soldado só pode se declarar culpado se, no momento do crime, tiver consciência de que a ação que pratica é errada. Hoje, o juiz coronel James Pohl disse que não está convencido de que England tivesse essa consciência na época.

A decisão do juiz veio depois de ouvir o testemunho do soldado Charles Graner. Uma das acusações contra England é a de conspirar com Graner para maltratar detentos. Em seu depoimento de hoje, Graner, apontado como principal mentor dos abusos e que já foi condenado, em janeiro, a 10 anos de prisão, disse que as fotos de England segurando um iraquiano nu por uma coleira seriam usadas de forma legítima, no treinamento de soldados.

Em seu depoimento, prestado na segunda-feira, England havia dito ao juiz que sabia que as fotos estavam sendo feitas apenas por diversão. O juiz entendeu que os dois testemunhos são incompatíveis. "Não se pode ter uma conspiração de uma pessoa só", disse.

Ao declarar-se culpada, Lynndie England cumpria um acordo pelo qual algumas das acusações contra ela seriam retiradas. Ao rejeitar a declaração, o juiz cancela o acordo.





Fonte: AP

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