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Quarta - 04 de Maio de 2005 às 14:56

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Um policial que testemunhou no julgamento em que Michael Jackson responde por acusações de pedofilia contrariou depoimento positivo para o cantor feito por sua ex-mulher, Debbie Rowe, na semana passada.

"Ela se referiu a Michael como um sociopata e a seus filhos como propriedades", disse Steve Robel, um sargento da polícia, na corte em Santa Maria, na Califórnia.

Robel disse que ouviu tal declaração ao colher depoimento de Rowe em março do ano passado em conexão com as acusações de abuso de menor feitas contra Jackson.

O cantor nega as dez acusações que são feitas contra ele.

'Declarações falsas'

Segundo o policial, Rowe disse a ele que concordara em "falar bem" de Michael Jackson em todas as declarações públicas depois de seu divórcio, em 1999.

Robel, convocado para depor pela promotoria, que está perto de concluir seu trabalho, disse que a segunda esposa de Jackson admitiu que "aquelas declarações eram falsas".

Em depoimento gravado em videotape em fevereiro de 2003, Rowe elogiou Michael Jackson e suas qualidades como pai.

Segundo correspondentes, o depoimento de Robel foi convocado pela promotoria para limitar, de certa forma, o impacto do que disse Rowe ao tribunal na semana passada, quando os promotores foram surpreendidos quando ela referiu-se a Jackson como "grande pai" e "generoso".

Debbie Rowe era testemunha da acusação.

Dívidas

Um perito que investigou as finanças de Jackson também depôs em Santa Maria nesta terça-feira e disse que o cantor tem dívidas num valor total de US$ 285 milhões.

Em fevereiro de 2003, quando foi exibido um documentário da TV britânica que se tornou base das acusações contra o cantor, Jackson tinha uma dívida de US$ 10,5 milhões mas possuía apenas US$ 38 mil no banco, disse John O'Bryan.

Suas despesas anuais eram de US$ 20 milhões a US$ 30 milhões maior do que sua renda, acrescentou o perito.

O'Bryan leu memorandos dos assessores financeiros de Jackson manifestando preocupação com o hábito do cantor de gastar muito e advertindo que ele estava colocando em risco patrimônio importante, como sua co-propriedade do catálogo com várias canções dos Beatles.

A defesa contestou com veemência estas declarações, dizendo serem irrelevantes para o caso.

A promotoria vem tentando demonstrar que o cantor conspirou para seqüestrar o adolescente que o acusa, Gavin Arvizo, em uma tentativa desesperada de salvar seu império financeiro da ruína.





Fonte: BBC Brasil

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