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Cidades/Geral
Terça - 03 de Maio de 2005 às 22:30

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Consultor da Fundação Getúlio Cargas, o economista Vivaldo Lopes Dias, ex-secretário de Finanças de Cuiabá, afirmou que Mato Grosso, até hoje, não teve salto qualitativo em termos econômicos. Falando sobre os ciclos econômicos no Estado, em palestra para os acadêmicos de Ciências Contábeis do Centro Universitário Unirondon, o economista mostrou que Mato Grosso ainda vive do extrativismo mineral e vegetal e continua sendo um grande produtor, mas de bens primários, sendo 97% de sua exportação de produtos não industrializados.

“Uma região que só explora o commodites está fadada ao subdesenvolvimento”, ressaltou.

Vivaldo ainda enfatizou que o mato-grossense não deve ficar empolgado com a história atual do Estado. “Historicamente não há nada que comprove que manteremos um ciclo por muito tempo”, disse, se referindo ao período de grande produtor de grãos pelo qual o Estado atravessa.

Para Vivaldo, a grande questão é quando será dado o salto qualitativo econômico. Ele lembra que não é fácil atrair empreendedores e que para o Estado ter grandes empresas e industrializar sua matéria-prima, necessita de uma boa logística de transporte e segurança institucional e mão-de-obra qualificada. “O principal, entretanto, é o mercado consumidor”, afirma.

Vivaldo ainda apresentou os índices do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), ressaltando que dos 20 melhores em Mato Grosso, cerca de 12 são das cidades mais novas. E dos 15 piores índices, todos são das cidades mais antigas. “Este é um dado preocupante, pois pode estar tendo dissonância entre o ganho econômico e o ganho social”.

A palestra de Vivaldo fez parte da semana em comemoração do Dia do Contabilista, organizada pela coordenação do Curso de Ciências Contábeis.





Fonte: 24 Horas News

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