Parentes de britânicos mortos no Iraque querem investigação

Londres - Parentes de soldados britânicos mortos no Iraque participaram de um protesto em frente à residência oficial do primeiro-ministro, Tony Blair, para exigir uma investigação pública sobre a legalidade da guerra. A manifestação foi realizada depois de a mãe de um soldado britânico morto ontem no Iraque ter acusado Blair pelo falecimento de seu filho.

"No fim das contas, é preciso tentar fazer como primeiro-ministro o que você pensa ser o melhor para o país, e algumas decisões são muito, mas muito difíceis mesmo", defendeu-se Blair ao ser denunciado por um opositor da guerra durante um comício eleitoral. "Eu acredito que o que vocês precisam perguntar a si mesmos no fim é: o que vai determinar o futuro deste país? Eu acredito que seja a economia, a seguridade social, a educação, as leis e a ordem."

Mas o fantasma da invasão do Iraque continua a assombrar o primeiro-ministro, apesar de suas tentativas de esquivar-se da indignação popular concentrando seu discurso nos aspectos positivos de seu governo. Ann Wakefield, cujo filho Anthony, de 24 anos, morreu na segunda-feira no Iraque, hoje ela acusou o primeiro-ministro pela morte. "Eu sinto que Tony Blair mentiu para nós e foi à guerra somente para garantir seu lugar na história", criticou.