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Nacional
Segunda - 02 de Maio de 2005 às 08:57
Por: Milton F.da Rocha Filho

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São Paulo - O Brasil não quer brigar com os Estados Unidos ou com a União Européia na área comercial, mas não quer ficar dependente deles, explicou hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no seu Café com o Presidente, que vai ao ar pelo sistema Radiobrás a cada 15 dias. "Nós trabalhamos para que a economia brasileira cresça, para que a gente gere emprego e gere riqueza no Brasil, mas também trabalhamos para que os outros países da América do Sul tenham oportunidade de crescimento, se tornem economias emergentes e fortes", afirmou.

Segundo Lula, desta forma, haverá uma relação comercial muito mais forte e p Brasil dependerá menos dos "dois blocos dominantes". Lula explicou que os Estados Unidos e a União Européia são os principais parceiros comerciais do Brasil, que quer negociar com mais autonomia. "Nós queremos negociar defendendo nossos interesses soberanos".

Neste mês, o presidente Lula vai à Coréia e ao Japão, depois de receber em Brasília nos dias 10 e 11 representantes de 33 nações árabes e da América do Sul. No programa de hoje, ele explicou que no mundo globalizado em que as grandes potências determinam as regras comerciais, a unidade dos países em desenvolvimento é importante. "É isso que permite que a gente já tenha ganho três ações na Organização Mundial do Comércio (OMC). Ganhamos a ação da cana-de-açúcar e do frango salgado com a União Européia e do algodão com os Estados Unidos", lembrou.

"E nós ganhamos por quê? Porque nós acreditamos e adotamos o princípio de que a união faz a força e isso está permitindo que a gente tenha uma participação efetiva e muito mais forte nesse mundo globalizado", explicou.

O presidente da República disse que este é um momento muito promissor na América do Sul. "Nós trabalhamos para que a economia brasileira cresça, para que a gente gere emprego e gere riqueza no Brasil, mas também trabalhamos para que os outros países da América do Sul tenham oportunidade de crescimento, se tornem economias emergentes e fortes, porque aí nós vamos ter uma relação comercial muito mais forte e vamos depender menos dois blocos dominantes", insistiu Japão

No final do mês, Lula estará no Japão. Ele lembrou que o Brasil conseguiu abrir o mercado japonês para a manga produzida aqui e que agora tentará vender carne para aquele país do Oriente. "Eu quando vou lá para fora, eu vou para vender a qualidade do povo brasileiro, para vender a qualidade do produto brasileiro, para mostrar que nós somos um povo orgulhoso. E isso está dando resultado. Eu acho que poucas vezes na História o Brasil foi tão respeitado como ele é hoje. E não tem nada de excepcional. Apenas passando aquilo que o Brasil é de verdade".





Fonte: Agência Estado

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