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Economia
Domingo - 01 de Maio de 2005 às 15:06
Por: Adriana Vandoni Curvo

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Decididamente não é possível alguém ter raiva de Lula, isso seria uma crueldade. Ele não é digno de ódio, só de pena. Está sendo consumido por ele mesmo diante das câmeras de TV, com alucinações cada vez maiores. Está surtado!

Não é culpado de nada, culpados são os petistas que o seguem. O que ainda não descobri foi se essa turma fabricou a imagem de Lula para ser o bobo da corte ou se, a hipótese mais provável, acreditavam no que ele dizia e o seguiam como uma espécie de “Beato Salú”. Um demente seguido por mais dementes ainda.

Como levar a sério um Presidente da República que diz que a culpa dos juros altos é da população que não levanta o traseiro para procurar um banco que cobre juros mais baixos? Que ele não lê, tudo bem, nós já sabemos a dieta intelectual rígida que ele segue, mas será que seus assessores não podem explicar como é definida a taxa de juros bancários?

Em outras épocas eu responderia ao presidente que em matéria de levantar ou assentar o traseiro, ele é que tinha que esquentar as suas nádegas na cadeira de Presidente para administrar esta casa de mãe Joana que está se tornando o Brasil. Hoje não. Passados dois anos e quatro meses, acredito que não houve nada melhor e mais saudável para o brasileiro que o aviãozinho que compramos para Lula. Melhor mantê-lo longe do comando. É mais prudente, além disso, o brasileiro tem mais é que ficar com o traseiro protegido, como disse João Mellão Neto em sua coluna no Estadão, citado no Argumento por Giulio Sanmartini: “com todo o respeito presidente. O meu traseiro eu não tiro da cadeira, de jeito nenhum. Mantendo-me sentado, ao menos ele fica protegido. Não é por nada não. É que a gente nunca sabe onde vai ser a próxima investida de seu governo”.

Agradeço todos os dias a nossa sorte de Lula ser aboleimado e de seu (des) articulador político ser o Aldo Rebelo, do contrário isto já teria se tornado uma ditadura. Não estou exagerando não. Se pegarmos todas as tentativas de cerceamento da liberdade ou de esvaziamento das instituições democráticas que este governo já tentou colocar em prática, veremos quão grande é a nossa sorte. As tentativas começaram com a diminuição da autonomia das Agencias Reguladoras, depois veio a criação de um órgão de controle externo para o Ministério Público. Veio a desqualificação do Instituto de Estatísticas (IBGE) que foi comparado a um instituto de popularidade ou de intenção de votos. A criação do Conselho Federal de Jornalismo que nada mais seria que uma maneira de “enquadrar” o ofício jornalístico. A sua reação de expulsar do país um jornalista norte-americano por ter escrito a respeito do seu apresso por bebidas alcoólicas. A Lei de áudio-visual, que pretende centralizar a decisão do que será produzido no país.

O estatuto do desarmamento, me perdoem os politicamente corretos, foi, coincidentemente, a mesma prática foi usada por Hitler quando iniciou seu projeto de dominação. Isso não é política para conter a violência, nem aqui, nem na China. Como partiu do Ministro da Justiça, que acredito seja uma pessoa esclarecida e deveras espertinha, não podemos acreditar que seja um ato de ignorância. Essa é a primeira atitude de qualquer governo que tenha a intenção de se perpetuar. Caminhando lado a lado com a tentativa de desarmar a população ordeira, podemos ver a complacência do governo com organizações desordeiras que se auto-intitulam sociais. Seria essa a sua milícia?

Lula rodou o mundo, em especial o submundo, para pregar o seu messênio. Ele acredita ser um enviado de Deus e fala isso aos outros, acho mesmo que os petistas acreditaram nisso durante os vinte e cinco anos de partido. Os mais lúcidos devem estar vendo a excremência (sic) que criaram, mas não dão o braço a torcer.

Pobre Lula, que está se afogando na sua mediocridade. Mexa o seu traseiro, Presidente. Embarque no seu aviãozinho e vá passear. Sugiro que conheça Sapporo no norte do Japão que é um país asiático. Mas por favor, presidente, não confunda país asiático com torresmo, birita e aquele mal estar que vem depois. Aquilo é azia e má digestão. Ah, ia me esquecendo, leve o Zé Dirceu para um rolê básico.

Adriana Vandoni Curvo é economista, especialista em administração pública pela FGV/RJ e pós-graduanda em Gerente de Cidades pela FAAP. E-mail: avandoni@uol.com.br Blog: http://argumento.bigblogger.com.br/




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