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Economia
Domingo - 01 de Maio de 2005 às 09:38

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Os empresários do setor industrial mato-grossense, além de cobrar uma promessa de campanha do governador Maggi, estão se resguardando de novos reajustes, previstos para o setor industrial até 2007. O superintendente da Fiemt, Antônio Carlos Machado Matias, explica que durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, o subsídio cruzado começou a ser eliminado do setor.

Desde 2003, a União iniciou um processo de realinhamento, ou seja, o consumidor residencial que pagava a mais, para "tapar buraco", pelo subsídio às indústrias, passará, até 2007, a pagar de forma igualitária pela energia.

"Parece ganho, mas com este custo a mais na produção, certamente haverá repasses para o produto final, adquirido pelos consumidores", analisa Matias.

Dentro das projeções do realinhamento, houve incremento na aquisição de energia pelas indústrias de 10% em 2003, 2004 mais uma parcela de 15%, em 2005 outra de 25%, mais 25% em 2006 e mais 25% em 2007, totalizando realinhamento de 100%.

PANIFICAÇÃO - O diretor da Fiemt e representante do setor de panificação, Luiz Garcia, frisa que no seu segmento há um aumento de quase 19% sobre a tarifa da energia elétrica.

“Somente a energia representa 13% do custo final da produção das panificadoras”, aponta.

Também como empresário do setor, Garcia já contabilizou os custos deste reajuste de cerca de 19%. “Serão R$ 1,2 mil a mais somente com a incidência deste percentual”.

Ele explica que em um ano terão sido até R$ 14 mil a mais. “Minha conta média, sem o reajuste, fica em torno de R$ 5,4 mil. Este valor a mais mensal poderia ser aplicado em investimentos ou mesmo em contratações de pelo menos três novas pessoas”, acentua. (MP)




Fonte: Diário de Cuiabá

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