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Domingo - 01 de Maio de 2005 às 08:45
Por: Anelize Moreno

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Um levantamento feito pela Concremax, empresa de engenharia e serviços, entre seus empreiteiros no fim do ano passado apontou para um índice de analfabetismo de 8,33% nos canteiros de obras, em Cuiabá. Na época a firma tinha 300 funcionários em atividade. Destes, 25 eram analfabetos. Para reverter esse quadro, a Concremax aderiu, no fim do ano passado ao projeto Por um Brasil Alfabetizado, organizado pelo governo federal.

Assim, 20 empreiteiros da construção civil, de vários canteiros de obra da empresa, já estão participando das aulas que começaram no mês de março. Além do incentivo da Concremax, os estudantes recebem gratuitamente uniformes, vale-transporte, lanche e material didático. No Estado o trabalho conta com as parcerias do Sindicato das Indústrias da Construção de Mato Grosso (Sinduscon-MT) e do Serviço Social da Indústria (Sesi).

A empresa de engenharia é a única a participar da primeira fase do projeto, cujas inscrições aconteceram no fim do ano passado. Para viabilizar as aulas, a Concremax tem o apoio da Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá, que cedeu uma sala na Escola Barnabé de Mesquita, no Porto, para a realização das aulas. As atividades acontecem de segunda-feira a sexta-feira, das 19h30 às 21h30. A etapa do curso tem duração de seis meses.

De acordo com o coordenador do setor de serviços de segurança do trabalho da Concremax, Davi Getúlio Marques da Silva, dos 25 funcionários analfabetos detectados pelo levantamento da empresa, 80% estão participando do curso de alfabetização. Ele explica que o índice de desistência é motivado pela alta rotatividade dos trabalhadores na construção civil.

Silva destaca que em 2002 a empresa já havia participado de um projeto de alfabetização semelhante ao que está sendo desenvolvido agora. Segundo ele, até os parceiros eram os mesmos. Silva diz que após essa experiência a Concremax percebeu que investir na qualificação dos funcionários contribui para aumentar a produtividade no trabalho. "Todos os investimentos que melhoram a qualidade de vida do trabalhador são proveitosos", frisa.

A assistente social do Sinduscon, Osmarina Félix, diz que o sindicato convidou mais empresas do setor para participarem do projeto, no entanto não houve tempo hábil para que as firmas aderissem. Na nova etapa do trabalho, que tem início a partir de setembro, ela acredita que mais construtoras vão se inscrever. Para facilitar a adesão, Osmarina afirma que as inscrições para o projeto vão começar a partir de julho, no Sinduscon. Ela ressalta que cada turma deve ter entre 15 e 25 alunos.




Fonte: A Gazeta

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