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Transplantados estão sem remédio em MT
Depois de enfrentar a fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para conseguir um transplante renal, passar pela cirurgia de alta complexidade e mudar sua rotina em função dos medicamentos, os pacientes de Mato Grosso correm o risco de voltar ao programa de hemodiálise e, em casos mais graves, morrer.
Há três meses que o Estado parou de fornecer o remédio Ciclosporina, necessário diariamente àqueles que passaram pelo transplante renal. Uma caixa com 50 comprimidos de 50 mg do medicamento chega a custar R$ 200 e aproximadamente R$ 400 a de 100 mg.
A presidente da Associação dos Pacientes Renais e Transplantados de Mato Grosso (Apret-MT), Luzia Canavarros, perdeu a visão e adquiriu insuficiência renal por conta do diabetes e já participa do programa de hemodiálise há 15 anos. De acordo com ela, o Estado não está dando suporte e estes remédios são encontrados somente nas farmácias de alto custo, que atualmente é gerida por uma Organização Social de Saúde.
Uma mulher que não quis se identificar disse que o marido fez o transplante há 11 anos, quando o procedimento ainda era oferecido em Mato Grosso. Ela contou que o esposo tem que tomar o Ciclosporina diariamente, duas vezes ao dia, sem falta. “Além de ser transplantado, ele tem Mal de Parkinson e, semana passada, caiu e fraturou a coluna. Ele já é de idade, não pode negligenciar o tratamento”.
A esposa explicou que o marido toma um comprimido de 100 mg de manhã e um de 50 mg a noite. “Mas o de 50 acabou, agora eu estou usando o que restou do outro pra completar”. Sem o remédio desde sexta-feira (07), ela ligou no representante do Ciclosporina, a empresa Novartis.
“Eles disseram que não tem em nenhum lugar aqui em Mato Grosso. Eu pesquisei na internet e encomendei de uma farmácia de São Paulo. Mas eu sou uma exceção, tenho condições de, numa emergência, comprar o medicamento, mas a maioria não tem. Como ficam essas pessoas? Vão ter que voltar pra hemodiálise? Vão morrer?”, questionou, segurando com força o comprovante de compra do remédio.
De acordo com Luzia, não há um número exato de pacientes transplantados, pois depois da cirurgia, muitos para de freqüentar a Apret. “Nós temos mais de dois mil associados, parte são do programa de hemodiálise, e outros já passaram pela cirurgia de transplante. Mas a questão é: muitos morrem e ninguém fica sabendo. Tem muita gente voltando pra hemodiálise”.
O agravante da situação, segundo a presidente da Apret, é que, se o medicamento não chegar até, no máximo, semana que vem, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) entra em recesso e os pacientes ficaram desamparados até depois do ano novo. “Se brincar, vamos ter acesso à esses remédios só em março. Já aconteceu de atrasar, mas nunca por tanto tempo”, disse.
De acordo com a assessoria de comunicação da SES, o remédio está em falta há dois meses e o Estado teve dificuldade na aquisição. No entanto, na semana passada o processo de compra do Ciclosporina já foi concluído e a empresa tem 15 dias úteis para efetuar a entrega. A previsão é que, até o final desta semana, o medicamento já esteja disponível para os pacientes.
Há três meses que o Estado parou de fornecer o remédio Ciclosporina, necessário diariamente àqueles que passaram pelo transplante renal. Uma caixa com 50 comprimidos de 50 mg do medicamento chega a custar R$ 200 e aproximadamente R$ 400 a de 100 mg.
A presidente da Associação dos Pacientes Renais e Transplantados de Mato Grosso (Apret-MT), Luzia Canavarros, perdeu a visão e adquiriu insuficiência renal por conta do diabetes e já participa do programa de hemodiálise há 15 anos. De acordo com ela, o Estado não está dando suporte e estes remédios são encontrados somente nas farmácias de alto custo, que atualmente é gerida por uma Organização Social de Saúde.
Uma mulher que não quis se identificar disse que o marido fez o transplante há 11 anos, quando o procedimento ainda era oferecido em Mato Grosso. Ela contou que o esposo tem que tomar o Ciclosporina diariamente, duas vezes ao dia, sem falta. “Além de ser transplantado, ele tem Mal de Parkinson e, semana passada, caiu e fraturou a coluna. Ele já é de idade, não pode negligenciar o tratamento”.
A esposa explicou que o marido toma um comprimido de 100 mg de manhã e um de 50 mg a noite. “Mas o de 50 acabou, agora eu estou usando o que restou do outro pra completar”. Sem o remédio desde sexta-feira (07), ela ligou no representante do Ciclosporina, a empresa Novartis.
“Eles disseram que não tem em nenhum lugar aqui em Mato Grosso. Eu pesquisei na internet e encomendei de uma farmácia de São Paulo. Mas eu sou uma exceção, tenho condições de, numa emergência, comprar o medicamento, mas a maioria não tem. Como ficam essas pessoas? Vão ter que voltar pra hemodiálise? Vão morrer?”, questionou, segurando com força o comprovante de compra do remédio.
De acordo com Luzia, não há um número exato de pacientes transplantados, pois depois da cirurgia, muitos para de freqüentar a Apret. “Nós temos mais de dois mil associados, parte são do programa de hemodiálise, e outros já passaram pela cirurgia de transplante. Mas a questão é: muitos morrem e ninguém fica sabendo. Tem muita gente voltando pra hemodiálise”.
O agravante da situação, segundo a presidente da Apret, é que, se o medicamento não chegar até, no máximo, semana que vem, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) entra em recesso e os pacientes ficaram desamparados até depois do ano novo. “Se brincar, vamos ter acesso à esses remédios só em março. Já aconteceu de atrasar, mas nunca por tanto tempo”, disse.
De acordo com a assessoria de comunicação da SES, o remédio está em falta há dois meses e o Estado teve dificuldade na aquisição. No entanto, na semana passada o processo de compra do Ciclosporina já foi concluído e a empresa tem 15 dias úteis para efetuar a entrega. A previsão é que, até o final desta semana, o medicamento já esteja disponível para os pacientes.
Fonte:
DO DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/34226/visualizar/
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