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Fundador da Yukos pode ser absolvido e sofrer novas acusações
O magnata Mikhail Khodorkovski, que fundou a companhia petrolífera Yukos e pode pegar 10 anos de prisão, pode ser processado sob novas acusações, embora sua absolvição no próximo dia 16 de maio não esteja descartada.
O surpreendente adiamento da leitura da sentença, prevista inicialmente para a quarta-feira passada, gerou todo tipo de previsões sobre a decisão dos juízes no caso mais famoso da história recente da Rússia.
Segundo o conceituado jornal Izvestia, a Procuradoria apresentará novas acusações contra Khodorkovski, atualmente acusado de fraude e evasão fiscal, imediatamente após o tribunal ditar a sentença.
De acordo com a publicação, Khodorkovski e Platon Lebedev, outro alto executivo da Yukos processado junto com ele, serão acusados de apropriação indébita de 11 bilhões de dólares.
Os procuradores, acrescentou o Izvestia, consideram que os dois empresários formaram uma quadrilha "que se apropriou de bens confiados a eles por terceiros" e "legalizou dinheiro e bens".
Henrich Padva, um dos advogados de Khodorkovski, disse que não sabia nem recebeu notificação alguma de que a Procuradoria tinha iniciado um novo processo contra seu cliente.
"Existe a sensação de que há o perigo de um novo processo, mas por enquanto é só uma sensação", disse o advogado à agência Interfax.
Boris Khodorkovski, pai do fundador da Yukos - que até pouco tempo era a maior petrolífera privada do país - se mostrou pessimista diante da possibilidade de os juízes emitirem uma sentença de absolvição.
"Não acho que tudo isto terminará bem", disse Boris Khodorkovski no dia do adiamento da leitura da sentença.
Já as considerações de Andrei Ilarionov, assessor econômico do presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre o futuro do magnata petroleiro foram mais otimistas. O assessor não descartou a possibilidade de Khodorkovski e Lebedev ficarem em liberdade.
"Se não houver interferência do Executivo na decisão dos juízes, não descarto que o tribunal, se for justo e independente, coloque estas pessoas em liberdade, pois não cometeram nenhum crime", disse Ilarionov, que apesar de ser assessor de Putin é muito crítico em relação à gestão do Executivo.
O assessor presidencial lembrou que Putin, em sua mensagem sobre o estado da nação no último dia 25, disse que a atuação dos órgãos fiscais devem focar a arrecadação de impostos, e não a destruição de empresas.
No dia 11 de abril, o tribunal do distrito Meschanski, em Moscou, concluiu o julgamento de Khodorkovski, que está em prisão preventiva desde 25 de outubro de 2003.
No final de março, a Procuradoria russa pediu dez anos de prisão para Khodorkovski e Lebedev, por praticarem crimes dentro de uma organização.
Além disso, o Fisco cobre de Khodorkovski e Lebedev o total de 17,802 bilhões de rublos (cerca de 640 milhões de dólares) relativo ao não pagamento de impostos como pessoa jurídica, quando os dois estavam à frente da Yukos.
Khodorkovski, de 41 anos e que viu sua fortuna pessoal diminuir de 15 para 2 bilhões de dólares nos últimos 18 meses, segundo a revista Forbes, alega inocência e acusa o Kremlin de planejar uma campanha de "perseguição e destruição" contra ele e sua companhia.
"Todo o país sabe que me trancaram na prisão para que não pudesse impedir o roubo da Yukos por parte de um grupo de pessoas influentes", disse Khodorkovski em seu último depoimento aos juízes.
Devido às reclamações fiscais, a Yukos perdeu a Yuganskneftegaz, sua principal filial extratora, que ficou nas mãos da companhia petrolífera estatal Rosneft.
O surpreendente adiamento da leitura da sentença, prevista inicialmente para a quarta-feira passada, gerou todo tipo de previsões sobre a decisão dos juízes no caso mais famoso da história recente da Rússia.
Segundo o conceituado jornal Izvestia, a Procuradoria apresentará novas acusações contra Khodorkovski, atualmente acusado de fraude e evasão fiscal, imediatamente após o tribunal ditar a sentença.
De acordo com a publicação, Khodorkovski e Platon Lebedev, outro alto executivo da Yukos processado junto com ele, serão acusados de apropriação indébita de 11 bilhões de dólares.
Os procuradores, acrescentou o Izvestia, consideram que os dois empresários formaram uma quadrilha "que se apropriou de bens confiados a eles por terceiros" e "legalizou dinheiro e bens".
Henrich Padva, um dos advogados de Khodorkovski, disse que não sabia nem recebeu notificação alguma de que a Procuradoria tinha iniciado um novo processo contra seu cliente.
"Existe a sensação de que há o perigo de um novo processo, mas por enquanto é só uma sensação", disse o advogado à agência Interfax.
Boris Khodorkovski, pai do fundador da Yukos - que até pouco tempo era a maior petrolífera privada do país - se mostrou pessimista diante da possibilidade de os juízes emitirem uma sentença de absolvição.
"Não acho que tudo isto terminará bem", disse Boris Khodorkovski no dia do adiamento da leitura da sentença.
Já as considerações de Andrei Ilarionov, assessor econômico do presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre o futuro do magnata petroleiro foram mais otimistas. O assessor não descartou a possibilidade de Khodorkovski e Lebedev ficarem em liberdade.
"Se não houver interferência do Executivo na decisão dos juízes, não descarto que o tribunal, se for justo e independente, coloque estas pessoas em liberdade, pois não cometeram nenhum crime", disse Ilarionov, que apesar de ser assessor de Putin é muito crítico em relação à gestão do Executivo.
O assessor presidencial lembrou que Putin, em sua mensagem sobre o estado da nação no último dia 25, disse que a atuação dos órgãos fiscais devem focar a arrecadação de impostos, e não a destruição de empresas.
No dia 11 de abril, o tribunal do distrito Meschanski, em Moscou, concluiu o julgamento de Khodorkovski, que está em prisão preventiva desde 25 de outubro de 2003.
No final de março, a Procuradoria russa pediu dez anos de prisão para Khodorkovski e Lebedev, por praticarem crimes dentro de uma organização.
Além disso, o Fisco cobre de Khodorkovski e Lebedev o total de 17,802 bilhões de rublos (cerca de 640 milhões de dólares) relativo ao não pagamento de impostos como pessoa jurídica, quando os dois estavam à frente da Yukos.
Khodorkovski, de 41 anos e que viu sua fortuna pessoal diminuir de 15 para 2 bilhões de dólares nos últimos 18 meses, segundo a revista Forbes, alega inocência e acusa o Kremlin de planejar uma campanha de "perseguição e destruição" contra ele e sua companhia.
"Todo o país sabe que me trancaram na prisão para que não pudesse impedir o roubo da Yukos por parte de um grupo de pessoas influentes", disse Khodorkovski em seu último depoimento aos juízes.
Devido às reclamações fiscais, a Yukos perdeu a Yuganskneftegaz, sua principal filial extratora, que ficou nas mãos da companhia petrolífera estatal Rosneft.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/342389/visualizar/
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