Vietnã lembra os 30 anos do fim da guerra

Os 30 anos da Guerra do Vietnã estão sendo lembrados com uma série de eventos no país.

Bandas militares e soldados simularam a vitória dos vietnamistas do norte na cidade de Ho Chi Minh, antes conhecida como Saigon, no dia 30 abril de 1975 .

Fogos de artifício inauguraram as comemorações às 11h00 locais (1h de Brasília), horário da rendição dos vietnamistas do sul.

Em Hanoi, coreografias representavam a queda de aviões americanos.

"A vitória do nosso povo na resistência contra os americanos pela salvação nacional vai ficar escrita para sempre na história da nossa nação como uma de suas páginas mais gloriosas", afirmou o primeiro-ministro Phan Van Khai diante de uma platéia de políticos, veteranos de guerra e diplomatas estrangeiros, incluindo o embaixador americano Michael W. Marine.

A data, que marca a vitória das forças comunistas do então Vietnã do Norte sobre o regime do sul apoiado pelos americanos, é chamada de Dia da Libertação no Vietnã.

Mas Khai também usou a ocasião para dizer que o país ainda tinha muitos desafios para enfrentar e que deveria olhar para frente.

No seu discurso, o líder vietnamita defendeu uma "cooperação amigável para fortalecer as relações com os países que participaram da Guerra do Vietnã".

A correspondente da BBC em Ho Chi Minh, Kylie Morris, diz que as celebrações têm um tom sóbrio, mas triunfante.

Os eventos incluem um desfile de veteranos da guerra e uma cerimônia para aqueles que fazem aniversário no mesmo dia em que os tanques dos vietnamistas do norte entraram pelos portões do Palácio Presidencial da então Saigon.

O "Dia da Libertação" pôs fim a uma guerra que matou cerca de três milhões de vietnamitas e 58 mil americanos.

A única autoridade de alto escalão a comparecer às celebrações é o ministro da Defesa cubano, Raul Castro, irmão do presidente Fidel Castro.

Cuba, assim como a China e a então União Soviética, eram aliados do Vietnã do Norte no conflito.

Uma anistia comemorativa concedida neste ano libertou mais de 7,5 mil presos no país, inclusive presos políticos.