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Tecnologia
Sábado - 30 de Abril de 2005 às 01:48
Por: Gerusa Marques

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Brasília - Os clientes da Brasil Telecom GSM poderão usufruir, a partir desta sábado, dos acordos nacionais e internacionais de roaming da TIM. Dessa forma, os celulares da Brasil Telecom, que funcionavam em apenas alguns Estados, poderão ser utilizados em todo o País e também no exterior, nos países em que a TIM tem acordo. A TIM incorporou a Brasil Telecom GSM, conforme anunciado na quinta pelas empresas.

O presidente da Telecom Italia (controladora da TIM) no Brasil, Paolo Dal Pino, garantiu que serão mantidos todos os planos de serviços dos cerca de 1 milhão de clientes da Brasil Telecom GSM (empresa que atua nas regiões Sul, Centro-Oeste e parte da Norte). Dal Pino esteve com o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, para comunicar-lhe sobre o acordo para a compra, pela Telecom Italia, da participação do Banco Opportunity, de Daniel Dantas, na Brasil Telecom. Com essa operação, a Brasil Telecom GSM será incorporada pela TIM, que já dispõe de 15 milhões de clientes.

O presidente da TIM, Mario Cesar Pereira de Araujo, que também participou do encontro, garantiu ainda que a empresa não pretende demitir funcionários da Brasil Telecom GSM e os números dos celulares serão mantidos, mas não há decisão ainda sobre a marca da Brasil Telecom GSM.

Caberá à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidir quando a empresa terá de devolver a licença de operação da Brasil Telecom GSM. A Telecom Italia decidiu ainda que vai devolver o código 41, utilizado pela TIM para fazer ligações interurbanas e internacionais, e ficará com o código 14, utilizado pela Brasil Telecom.

A Telecom Italia ainda espera negociar com os outros acionistas da Brasil Telecom - o Citigroup e os fundos de pensão Telos, Petros, Previ e Funcef - a compra da participação deles na empresa. "Já comunicamos que estamos prontos para negociar um acordo e comprar a parte deles", afirmou.

Os fundos se surpreenderam com a operação entre a empresa italiana e o Opportunity e circulou no mercado a informação de que pretendiam barrar o acordo. Dal Pino disse que o Citigroup e os fundos foram avisados do acordo "um minuto depois de ter informado aos órgãos competentes" e que não poderiam ser comunicados antes porque a Telecom Italia é um empresa de capital aberto, com ações em bolsa de valores.

Segundo Dal Pino, quando o Citigroup e os fundos de pensão receberam a informação não fizeram comentários, apenas disseram que iriam avaliar a operação. "Nós fizemos esse acordo com o objetivo de criar valor para todos os acionistas", afirmou. "O que é importante é que o sentido dessa operação, além do aspecto industrial, é eliminar todas as brigas que envolveram os sócios até agora. O Opportunity como acionista será eliminado".

Ele explicou que o acordo com o Opportunity prevê que o banco receba os 341 milhões de euros pela venda das ações no prazo de dois anos - ou antes disso, se a Telecom Italia conseguir comprar a participação do Citigroup e dos fundos.




Fonte: Agência Estado

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