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Internacional
Sexta - 29 de Abril de 2005 às 15:22

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Pelo menos 30 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas numa onda de ataques no Iraque nesta sexta-feira.

Os insurgentes explodiram pelo menos dez carros-bomba, sete deles na região da capital Bagdá.

Os ataques ocorreram um dia depois que o primeiro-ministro Ibrahim Jaafari apresentou seu novo gabinete, que foi aprovado pelo Parlamento.

Três soldados dos Estados Unidos morreram em duas ações separadas ao norte e oeste de Bagdá. O comando militar americano disse se tratar de mais uma tentativa desesperada dos rebeldes de minar a credibilidade dos novos governantes eleitos.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques. Foi divulgada uma fita, alegadamente do líder da Al-Qaeda no Iraque, Abu Musab Al-Zarqawi, em que ele convoca mais ataques contra as forças americanas.

Na fita, divulgada em um site na internet, uma pessoa que se identifica como um militante jordaniano promete não deixar que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, tenha "paz de espírito".

Leia mais: Ausência de sunitas prejudica novo governo iraquiano

'Inocentes'

Pelo menos quatro dos atentados foram no distrito de Adhamiya, em Bagdá, onde explodiram quatro carros-bomba.

As explosões, aparentemente coordenadas, tinham como alvo as forças de segurança do país.

Uma delas tinha como alvo um restaurante usado pela polícia iraquiana e por integrantes da Guarda Nacional.



Pouco depois outros três carros bomba explodiram em Mada'in, ao sul de Bagdá. Os alvos eram uma barreira militar, um hospital e uma agência de correio.

Também houve explosões mortais na cidade de Arbil, no norte, e em Basra, no sul.

Confusão

Patrulhas da polícia iraquiana ou da Guarda Nacional, assim como um restaurante freqüentado por essas forças, foram alvo em Adhamiya, onde insurgentes têm realizado ataques constantes.

A polícia afirma que os explosivos foram detonados por militantes suicidas.

Carros foram destruídos, lojas foram atingidas e poças de sangue mancharam as ruas.

"Por que eles estão matando civis inocentes? Por que estão tentando dividir sunitas e xiitas?", perguntava Adnan Aziz Salman, enquanto inspecionava os destroços, segundo a agência Reuters.

"Eles deveriam matar nossos ocupantes. Não importa quem são nossos líderes. Só queremos segurança."

Pouco depois, uma bomba explodiu quando passava um comboio militar no leste da cidade. Pelo menos um soldado morreu e oito ficaram feridos.

Quando as pessoas chegaram perto para ver o que tinha acontecido, uma segunda bomba explodiu.

Outras três explodiram em uma barreira militar em Mada'in. Nove soldados iraquianos foram mortos e 35 pessoas, a maioria civis, ficaram feridas, segundo a polícia.





Fonte: BBC Brasil

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