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Vietnã celebra sábado 30 anos do fim da guerra
O Vietnã comemora neste sábado o 30º aniversário do fim da guerra em plena efervescência econômica e dirigido ainda hoje por comunistas, que não conseguiram suavizar as diferenças entre o norte e o sul do país.
A cidade de Ho Chi Minh, antiga Saigon e atual capital econômica, finaliza seus preparativos para recordar a vitória do Partido Comunista Vietnamita (PCV) no conflito. No dia 30 de abril de 1975, um tanque norte-vietnamita penetrou na sede do palácio presidencial do regime sul-vietnamita na cidade de Saigon, colocando um fim a uma guerra que durou quase 11 anos (1964-1975).
O grupo sul-vietnamita, apoiado pelo Exército americano, aceitou sua derrota e seus soldados se entregaram às forças do PCV. Um ano depois do conflito, o Vietnã se unificou. A guerra tinha acabado, deixando 58 mil baixas americanas e mais de três milhões de vietnamitas mortos. Poucas horas depois da tomada de Saigon, os últimos soldados americanos abandonaram a cidade em um helicóptero do telhado de sua embaixada.
Os Estados Unidos haviam capitulado, após uma guerra lenta, que jamais conseguiram dominar no corpo a corpo devido à espessa selva vietnamita. Esta derrota americana foi uma das mais importantes na história da Guerra Fria. Hoje, o Vietnã é um país próspero economicamente, que mantém há vários anos um ritmo de crescimento econômico de 7%, apesar de viver muito polarizado pelas diferenças entre o norte e o sul.
Ho Chi Minh se ergue como principal núcleo econômico do país, despontando especialmente no setor privado herdado de sua influência ocidental.
Com sete milhões de habitantes - 8,6% da população total do país -, a capital econômica do Vietnã produz 20% dos Produto Interno Bruto (PIB) e 40% das exportações e da produção industrial. A renda dos habitantes da cidade é de US$ 1,8 mil anuais em média, quatro vezes mais do que a do resto do país.
Ao norte, a capital da nação, Hanói, encontra-se dominada por confucionismo e décadas de comunismo férreo. Hanói é o local de onde o país é dirigido como mão-de-ferro para manter a hegemonia do PCV na política, apesar das concessões econômicas.
"Vivemos com um regime político e dois regimes econômicos", explica Nguyen Thanh Lam, do Instituto de Pesquisas sobre Desenvolvimento Econômico e Social do Vietnã.
As feridas da guerra foram fechadas e o Vietnã e os Estados Unidos constroem atualmente relações bilaterais prósperas, focalizadas no econômico, que alcançaram sete bilhões de dólares em volume de negócios em 2004.
Apesar das mostras de patriotismo que empreenderá o PCV, as festividades se manterão longe das alusões aos vencedores e vencidos, em parte por pelo menos dois terços dos 82 milhões de vietnamitas possuírem menos de 30 anos e não terem vivido a guerra.
"Não devemos escutar a guerra, mas há de se saber olhar o futuro e atuar para conseguir uma cooperação internacional em favor do desenvolvimento do país", destaca Luong Thi Tuyet Hang, de 21 anos. O lema oficial das celebrações não deixa dúvidas: "Saigon-Ho Chi Minh, 30 anos de construção e desenvolvimento".
A cidade de Ho Chi Minh, antiga Saigon e atual capital econômica, finaliza seus preparativos para recordar a vitória do Partido Comunista Vietnamita (PCV) no conflito. No dia 30 de abril de 1975, um tanque norte-vietnamita penetrou na sede do palácio presidencial do regime sul-vietnamita na cidade de Saigon, colocando um fim a uma guerra que durou quase 11 anos (1964-1975).
O grupo sul-vietnamita, apoiado pelo Exército americano, aceitou sua derrota e seus soldados se entregaram às forças do PCV. Um ano depois do conflito, o Vietnã se unificou. A guerra tinha acabado, deixando 58 mil baixas americanas e mais de três milhões de vietnamitas mortos. Poucas horas depois da tomada de Saigon, os últimos soldados americanos abandonaram a cidade em um helicóptero do telhado de sua embaixada.
Os Estados Unidos haviam capitulado, após uma guerra lenta, que jamais conseguiram dominar no corpo a corpo devido à espessa selva vietnamita. Esta derrota americana foi uma das mais importantes na história da Guerra Fria. Hoje, o Vietnã é um país próspero economicamente, que mantém há vários anos um ritmo de crescimento econômico de 7%, apesar de viver muito polarizado pelas diferenças entre o norte e o sul.
Ho Chi Minh se ergue como principal núcleo econômico do país, despontando especialmente no setor privado herdado de sua influência ocidental.
Com sete milhões de habitantes - 8,6% da população total do país -, a capital econômica do Vietnã produz 20% dos Produto Interno Bruto (PIB) e 40% das exportações e da produção industrial. A renda dos habitantes da cidade é de US$ 1,8 mil anuais em média, quatro vezes mais do que a do resto do país.
Ao norte, a capital da nação, Hanói, encontra-se dominada por confucionismo e décadas de comunismo férreo. Hanói é o local de onde o país é dirigido como mão-de-ferro para manter a hegemonia do PCV na política, apesar das concessões econômicas.
"Vivemos com um regime político e dois regimes econômicos", explica Nguyen Thanh Lam, do Instituto de Pesquisas sobre Desenvolvimento Econômico e Social do Vietnã.
As feridas da guerra foram fechadas e o Vietnã e os Estados Unidos constroem atualmente relações bilaterais prósperas, focalizadas no econômico, que alcançaram sete bilhões de dólares em volume de negócios em 2004.
Apesar das mostras de patriotismo que empreenderá o PCV, as festividades se manterão longe das alusões aos vencedores e vencidos, em parte por pelo menos dois terços dos 82 milhões de vietnamitas possuírem menos de 30 anos e não terem vivido a guerra.
"Não devemos escutar a guerra, mas há de se saber olhar o futuro e atuar para conseguir uma cooperação internacional em favor do desenvolvimento do país", destaca Luong Thi Tuyet Hang, de 21 anos. O lema oficial das celebrações não deixa dúvidas: "Saigon-Ho Chi Minh, 30 anos de construção e desenvolvimento".
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/342609/visualizar/
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