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Polícia Brasil
Sexta - 29 de Abril de 2005 às 13:51
Por: ALECY ALVES

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Dois rapazes foram reconhecidos pelo cobrador e confessaram participação no latrocínio do motorista de ônibus Tércio Luiz Fonseca da Silva, de 39 anos, ocorrido no dia 10 deste mês.

Roniel Gonçalves da Silva, de 18 anos, conhecido por “Cabecinha”, que está preso desde o dia 14 pelo assalto à casa de um agente da Polícia Federal, confessou ter roubado o dinheiro do cobrador enquanto seu colega, que está foragido, mantinha o motorista sob a mira do revólver.

Já Walker Shell dos Reis Silva, de 19, que também estava armado com um revólver, deu cobertura para que Roniel pudesse retirar o dinheiro do caixa. Na Delegacia de Roubos e Furtos (Derf), onde foram apresentados à imprensa ontem à tarde, Walker e Roniel disseram que o assalto ao ônibus não estava planejado.

Ambos contaram que saíram de casa, no Jardim Leblon e Pedregal, respectivamente, com plano de assaltar uma casa. Não sabiam onde agiriam naquela noite, mas só decidiram roubar o ônibus quando passavam pelo bairro Renascer. “A gente viu o ônibus e resolveu assaltá-lo”, confessou Walker. v O terceiro assaltante, cujo nome está sendo mantido em sigilo pela polícia, seria o autor do tiro que atingiu a nuca do motorista. Walker e Roniel disseram que não planejavam matar ninguém, mas por uma falha que não sabem explicar o revólver disparou. “Eu já estava fora do ônibus quando ouvi o disparo. Não sei direito como aconteceu”, acrescentou Walker.

O assalto que levou à morte Tércio Silva, um pai de família que estava há 40 dias no emprego, depois de anos de desempregado, rendeu aos bandidos apenas R$ 93. “Dividimos o dinheiro por três, R$ 31 para cada”, contou Roniel. Indagados sobre o que fizeram com o dinheiro, Walker disse que lanchou e comprou outras “coisinhas”. Ambos garantiram que não são usuários de drogas.

No assalto à casa do agente federal, em fevereiro, Roniel teve outros parceiros, entre os quais Flávio Ribeiro, que também está preso. Lá, roubaram duas armas e outros pertences de uso pessoal e espancavam a vítima ao descobrir que se tratava de um policial.

De acordo com o delegado Douglas Turíbio, titular da Derf, até chegar a Roniel e Walker dezenas de suspeitos foram levados à delegacia para que o cobrador pudesse vê-los. Por último, Roniel, que cumpre prisão preventiva no Presídio do Carumbé, foi reconhecido apontando em seguida os outros dois envolvidos. Até o final da tarde de ontem as armas usadas no crime não havia sido localizada, mas o delegado disse que havia indicação de onde e na posse de quem estaria.





Fonte: Diário de Cuiabá

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