EUA e UE investigam 'excesso' de exportações têxteis da China

O governo dos Estados Unidos aceitou pedido da indústria têxtil americana para investigar o que afirma ser um forte aumento das exportações da China para o país. O Departamento de Comércio dos EUA anunciaram que vão investigar sete categorias de vestimentas e outros produtos têxteis da China.

A Comissão Européia (braço executivo da União Européia) também anunciou que vai começar uma investigação sobre as exportações de têxteis chineses para o bloco.

França, Espanha, Itália e Grécia estão entre os países europeus que pediram uma ação contra os têxteis chineses.

Indústrias americanas e européias afirmam que houve um aumento excessivo na entrada de produtos têxteis importados da China desde que acabou o sistema de cotas que regulava o setor em âmbito global em janeiro.

Análise justa

A Espanha argumenta que a explosão de produtos importados da China ameaça provocar danos irreparáveis sobre a indústria têxtil européia.

No caso dos Estados Unidos, um integrante do Departamento de Comércio disse que a investigação sobre os produtos têxteis chineses vai incluir todas as áreas pedidas pela indústria americana.

Entre elas, camisas, blusões, vestidos e lingerie feitos na China e vendidos no mercado americano.

O secretário de Comércio dos EUA, Carlos Gutierrez, disse que quer uma “análise ampla e justa para todos”.

A primeira fase das investigações é a consulta pública. Depois, os investigadores têm até 60 dias para decidir se o mercado americano foi realmente afetado pela entrada de produtos chineses.

Se isso for constatado, de acordo com as regras do comércio internacional, o governo dos EUA tem direito de impor limites na entrada desses produtos por tempo determinado.