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Internacional
Sexta - 29 de Abril de 2005 às 11:40

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Bagdá - Com dez atentados e um rastro de pelo menos 25 mortos e cerca de cem feridos, a insurgência reagiu nesta sexta-feira ao primeiro governo eleito democraticamente em cinco décadas no Iraque.

Além disso, o suposto líder da Al Qaeda no Iraque, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, pediu, em uma gravação de áudio divulgada nesta sexta-feira na internet, que os "Mujahedin" (combatentes islâmicos) continuem com seus ataques contra as tropas dos EUA e não deixem o presidente desse país, George W. Bush, descansar.

Seqüestros

Também hoje, um grupo armado iraquiano afirmou num vídeo divulgado pelo canal de televisão por satélite Al Jazira que seqüestrou e matou seis sudaneses no Iraque.

No vídeo, cuja autenticidade não foi confirmada e em que aparecem as seis vítimas mostrando seus passaportes sudaneses, a organização radical Ansar al Sunna afirma que estes "reconheceram que trabalhavam para as forças de ocupação", acrescentou a emissora.

Atentados

Todos os atentados cometidos nesta sexta-feira tiveram como alvo as forças de segurança iraquianas. Os quatro mais sangrentos foram cometidos de forma quase simultânea nos bairros de Al Adhamiya e de Soleij, no centro e no norte de Bagdá.

Os quatro atentados, dois deles cometidos por suicidas, causaram a morte de pelo menos 13 pessoas e outras cinqüenta ficaram feridas, segundo fontes policiais e médicas.

De acordo com fontes policiais, os dois primeiros ataques foram cometidos às 08h (1h em Brasília) em Al Adhamiya, contra duas patrulhas da polícia e da Guarda Nacional iraquianas.

Cinco minutos mais tarde, outros dois atentados foram cometidos no bairro vizinho de Al Soleij contra uma patrulha conjunta iraquiano-americana e um restaurante em que vários policiais iraquianos tomavam café da manhã.

Um quinto veículo carregado com explosivos foi detonado posteriormente durante a passagem de uma patrulha da Guarda Nacional numa estrada do bairro Al Ghadir, no oeste de Bagdá, o que causou a morte de um civil e deixou oito pessoas feridas, entre elas quatro integrantes da corporação.

Al Madain, a 30 quilômetros ao sul da capital, também foi palco de três ataques similares (dois deles suicidas), que causaram a morte de nove pessoas, entre elas sete policiais, e deixaram outras 35 feridas, segundo o Ministério do Interior.

Os três atentados tiveram como alvo patrulhas e postos de controle dos efetivos da Guarda Nacional e das forças de Maghauir, um corpo especial da polícia iraquiana.

"Os ataques desta sexta-feira têm a marca do grupo terrorista de Al-Zarqawi" (a Organização da Al Qaeda para a Guerra Santa na Mesopotâmia), disse Abdala Jassim Abd, um oficial da polícia de Bagdá, citado pela Al Jazira. O grupo de Al-Zarqawi não reivindicou até agora a autoria de nenhum dos ataques desta sexta-feira.





Fonte: EFE

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