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Saúde
Sexta - 29 de Abril de 2005 às 10:33

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A vacina contra gripe utilizada na Campanha Nacional de Vacinação do Idoso deste ano, que começou na última segunda, tem um erro de fabricação. Um dos três antígenos que compõem o medicamento possui uma concentração 33% inferior à determinada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O alerta sobre o problema foi feito pela Organização Panamericana de Saúde ao Ministério da Saúde brasileiro no mês passado, faltando pouco mais de 40 dias para início da campanha, mas mesmo assim, o governo decidiu manter o calendário da vacinação.

"Mesmo com a metade da concentração preconizada, a vacina continua eficaz", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, à Folha de S. Paulo. Além disso, ele disse que o vírus Wellington não circulou no Brasil no ano passado. Ele é mais freqüente na Austrália e Nova Zelândia. Barbosa diz que não haveria tempo hábil para a troca dos antígenos, fabricados na Austrália e na Inglaterra, porque a vacinação deve ser feita nesta época do ano para ter o efeito contra a gripe.

A vacina usada no Hemisfério Sul, inclusive o Brasil, é composta por cepas dos três tipos de vírus influenza que estejam em maior circulação - neste ano, o Wellington, o New Caledonia e o Shangai. O problema ocorreu com a concentração do antígeno do Wellington que, em vez de conter 15 microgramas, foi fabricado com dez microgramas.

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) concluiu um ensaio clínico com 75 idosos que testou efetividade da vacina que já está sendo aplicada nos idosos. Segundo o geriatra João Toniolo Neto, o índice de proteção ficou dentro do esperado, em torno de 85%.





Fonte: Terra

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