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Nacional
Sexta - 29 de Abril de 2005 às 07:09

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O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, anunciou nesta quinta-feira uma série de mudanças em postos do governo, incluindo a volta de Murilo Portugal, ex-integrante do governo FHC, para a equipe econômica.

Outra novidade é a saída de de Marcos Lisboa da Secretaria de Política Econômica. Lisboa vinha sofrendo críticas da esquerda do PT e da oposição desde o início do governo.

O posto será ocupado por Bernard Appy, que deixa a Secretaria Executiva da Fazenda para Portugal, atualmente no Fundo Monetário Internacional (FMI).

O novo secretário executivo dirigiu o Tesouro Nacional durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, cargo no qual era visto como um grande controlador do caixa. Deixou o posto para ingressar no FMI, indicado também por Fernando Henrique.

Palocci anunciou ainda que o atual diretor de Estudos Especiais do Banco Central, Eduardo Loyo, irá para o Fundo. A vaga será ocupada por Alexandre Tombini, funcionário de carreira do próprio BC, mas que estava no FMI.

O economista-chefe do Unibanco Asset Management, Alexandre Mathias, vê a saída de Lisboa como uma perda "porque ele era o grande formulador das políticas do governo". v Segundo Palocci, Lisboa está deixando o posto por motivos pessoais.

O ministro da Fazenda garantiu ainda que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, não deixará o cargo, apesar das denúncias que pesam contra ele.

Além disso, Palocci respondeu com críticas a proposta de tirar do Comitê de Política Monetária (Copom) a exclusividade nas decisões sobre o juro básico. A idéia foi levantada nesta semana pelo presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE).

"Eu penso que as próprias lideranças do Congresso Nacional entenderam que essas alternativas estariam na contramão do que acontece no mundo todo hoje", disse.

Palocci destacou que a tendência mundial é dar mais autonomia para o Banco Central e que o Brasil caminha para isso.

Sobre as denúncias envolvendo Meirelles, Palocci afirmou que "até o momento não nos parece que haja qualquer indicação de uma real irregularidade em tudo aquilo que foi levantado".

"Não há nenhuma hipótese de mudança da posição do presidente Henrique Meirelles", assegurou.

No início do mês, o procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra Meirelles. O pedido abrange crime contra o sistema financeiro nacional, evasão de divisas do país e crime eleitoral.

O ministro da Fazenda acrescentou que a sociedade precisa entender que qualquer autoridade pode ser alvo de denúncias e repetiu que confia na Justiça e no STF para tratar a questão com cuidado.

Segundo Palocci, Meirelles participou das discussões sobre as mudanças na equipe anunciadas nesta quinta.




Fonte: Invertia

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