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Vacina reduz carga viral do HIV em mais de 60%
Uma vacina terapêutica contra a aids à base de células dendríticas, criada no Hospital Clínico de Barcelona, conseguiu reduzir a um terço a carga viral dos infectados com o HIV que participaram do teste.
Segundo um estudo do Instituto de Pesquisas Biomédicas August Pi i Sunyer (Idibaps), apresentado nesta quinta-feira por Josep Maria Gatell, responsável pela equipe de Doenças Infecciosas e coordenador do trabalho, esse tipo de vacina é viável, segura e bem tolerada. Gatell anunciou ainda outra pesquisa com mais pacientes, para tentar melhorar os já animadores resultados.
As vacinas terapêuticas poderiam ser uma solução para os mais de 40 milhões de pessoas infectadas no mundo, já que com elas o doente não precisaria se medicar durante toda a vida com coquetéis de anti-retrovirais para evitar a proliferação do vírus.
Gatell explicou que atualmente as pessoas infectadas que se medicam conseguem que a carga viral caia ao ponto de ser indetectível. No entanto, quando deixam de tomar o coquetel, o vírus volta, se multiplica e é necessário retomar o tratamento, uma situação que querem evitar com a nova vacina, criada pela doutora Teresa Gallart, membro da equipe de pesquisa.
A nova vacina terapêutica é produzida a partir de células dendríticas do próprio doente, carregadas com um antígeno, que é o vírus do próprio paciente inativo, segundo explicou Gallart. A doutora explicou que a partir de uma mostra de sangue do paciente o vírus é isolado, inativado e os monócitos, que são cultivados por 5 ou 6 dias até chegarem a células dendríticas, que são as encarregadas de vigiar a entrada de agentes patogênicos no organismo.
Quando detectam algum tipo de elemento patogênico, as dendríticas o trituram e o levam aos linfócitos T, que são os que geram as células que matarão outras células, as que estão infectadas com o HIV, e o próprio vírus. Após esse processo, são injetadas no paciente as células dendríticas carregadas com o antígeno, para que as células T sejam ativadas e desenvolvam uma resposta imune contra o próprio vírus.
A vacina é injetada junto à axila, para que migre em seguida aos gânglios linfáticos e ali sejam ativadas as células T e desenvolvam a resposta contra o vírus.
A pesquisa com a vacina foi realizada em 18 pessoas infectadas com HIV em fase precoce, com uma média de 40 anos. Todas tiveram o tratamento com remédios suspenso, para que a carga viral alcançasse seu valor máximo. Posteriormente, o tratamento foi retomado e após 78 semanas, 12 pacientes receberam 5 doses da vacina em intervalos de 6 semanas. Após a última dose, voltou-se a interromper o tratamento e foi realizado um acompanhamento dos pacientes durante 24 semanas, durante as quais foi comparado a evolução da infecção após as duas interrupções, antes e depois do tratamento.
Nas 12 pessoas tratadas registrou-se que a carga viral diminuía pelo menos a um terço da detectada ao início do estudo e "replicação viral" era controlada durante 6 meses, um resultado parecido a outra pesquisa realizada em Paris.
Segundo um estudo do Instituto de Pesquisas Biomédicas August Pi i Sunyer (Idibaps), apresentado nesta quinta-feira por Josep Maria Gatell, responsável pela equipe de Doenças Infecciosas e coordenador do trabalho, esse tipo de vacina é viável, segura e bem tolerada. Gatell anunciou ainda outra pesquisa com mais pacientes, para tentar melhorar os já animadores resultados.
As vacinas terapêuticas poderiam ser uma solução para os mais de 40 milhões de pessoas infectadas no mundo, já que com elas o doente não precisaria se medicar durante toda a vida com coquetéis de anti-retrovirais para evitar a proliferação do vírus.
Gatell explicou que atualmente as pessoas infectadas que se medicam conseguem que a carga viral caia ao ponto de ser indetectível. No entanto, quando deixam de tomar o coquetel, o vírus volta, se multiplica e é necessário retomar o tratamento, uma situação que querem evitar com a nova vacina, criada pela doutora Teresa Gallart, membro da equipe de pesquisa.
A nova vacina terapêutica é produzida a partir de células dendríticas do próprio doente, carregadas com um antígeno, que é o vírus do próprio paciente inativo, segundo explicou Gallart. A doutora explicou que a partir de uma mostra de sangue do paciente o vírus é isolado, inativado e os monócitos, que são cultivados por 5 ou 6 dias até chegarem a células dendríticas, que são as encarregadas de vigiar a entrada de agentes patogênicos no organismo.
Quando detectam algum tipo de elemento patogênico, as dendríticas o trituram e o levam aos linfócitos T, que são os que geram as células que matarão outras células, as que estão infectadas com o HIV, e o próprio vírus. Após esse processo, são injetadas no paciente as células dendríticas carregadas com o antígeno, para que as células T sejam ativadas e desenvolvam uma resposta imune contra o próprio vírus.
A vacina é injetada junto à axila, para que migre em seguida aos gânglios linfáticos e ali sejam ativadas as células T e desenvolvam a resposta contra o vírus.
A pesquisa com a vacina foi realizada em 18 pessoas infectadas com HIV em fase precoce, com uma média de 40 anos. Todas tiveram o tratamento com remédios suspenso, para que a carga viral alcançasse seu valor máximo. Posteriormente, o tratamento foi retomado e após 78 semanas, 12 pacientes receberam 5 doses da vacina em intervalos de 6 semanas. Após a última dose, voltou-se a interromper o tratamento e foi realizado um acompanhamento dos pacientes durante 24 semanas, durante as quais foi comparado a evolução da infecção após as duas interrupções, antes e depois do tratamento.
Nas 12 pessoas tratadas registrou-se que a carga viral diminuía pelo menos a um terço da detectada ao início do estudo e "replicação viral" era controlada durante 6 meses, um resultado parecido a outra pesquisa realizada em Paris.
Fonte:
Agência EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/342765/visualizar/
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