Governo debate o ensino integrado em MT
O oferecimento do ensino integrado voltou a ser permitido no País à partir de meados do ano passado, com a publicação do decreto 5154, o qual cita a integração das modalidades de ensino. Antes disso, o decreto 2208/97 não contemplava o ensino integrado, estabelecendo o Ensino Médio como pré-requisito para o técnico e determinando oferecimento das duas modalidades separadamente, embora pudessem ser cursadas ao mesmo tempo.
O Governo Federal dispõe de R$ 470 milhões para serem investidos em todo o Brasil na formação de professores, na construção e reforma de escolas, em salários e em ensino médio integrado. O montante veio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que foi extinto pelo atual governo. Cada estado indicou em qual desses setores aplicará o recurso e qual o montante necessário.
A indicação é feita pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação que, para Mato Grosso, estimou a quantia de R$ 12 milhões, solicitação que está sendo estudada pelo Governo Federal. Ao todo 11 estados – entre eles Mato Grosso – firmaram termos de compromisso com o Governo Federal para oferecer o ensino integrado.
A intenção do Governo do Estado é oferecer o ensino integrado nas unidades do Ceprotec em Barra do Garças, Rondonópolis, Alta Floresta e Sinop.
De acordo com o presidente do Ceprotec, Luis Fernando Caldart, poderão ser criados novos cursos nessas unidades, além da adaptação curricular que será feita nos cursos já existentes. Ele explica que os cursos integrados serão oferecidos em parceria com escolas estaduais, que já foram disponibilizadas pela Seduc. O estudante fará parte do curso na escola e parte no Ceprotec. “O estudante terá a opção de cursar apenas o curso técnico – para o qual terá que já ter cursado o Ensino Médio – ou fazer o curso integrado; as duas modalidades serão oferecidas”, disse ele.
GRUPO – Para discutir o tema e estudar as possibilidades e as adequações necessárias para o oferecimento do ensino integrado no Estado foi formado um grupo de estudos que reúne as secretarias de Educação, Trabalho, Emprego e Cidadania e o Ceprotec. O grupo está fazendo também o levantamento das demandas por cursos dos municípios. “O recurso do MEC será utilizado para a capacitação dos professores, melhoria da infra-estrutura das escolas e na estruturação desse grupo de estudos, que será responsável pela elaboração do plano de trabalho para a área”, disse Caldart.
Ele adiantou ainda que a estrutura jurídica e física dos cursos integrados será implantada ainda no segundo semestre deste ano, sendo que os cursos começarão a ser oferecidos a partir de 2006. “É provável que tenhamos que fazer processo seletivo para o ingresso de alunos”.
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