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Internacional
Quinta - 28 de Abril de 2005 às 08:27

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Sete padres ligados à Igreja Católica, que funciona de forma praticamente clandestina no território chinês, foram presos naquele país por realizarem um retiro não autorizado em seguida à eleição do novo papa, Bento XVI. A informação foi repassada nesta quinta-feira pela Fundação Cardeal Kung, baseada nos Estados Unidos.

Os padres foram detidos na quarta-feira, no retiro liderado pelo bispo Julius Jia Zhiguo, na cidade de Jinzhou, ao norte da China, informou a fundação.

O governo chinês permite cultos religiosos somente nos templos que supervisiona - todas essas igrejas "oficiais" rejeitam a autoridade do Vaticano. Líderes vinculados à Igreja Católica, que permanecem fiéis ao Papa e têm milhões de seguidores na China, são rotineiramente presos e importunados.

Na ocasião da morte do papa João Paulo II, o governo local afirmou que esperava melhorar as relações com o Vaticano, mas condicionou essa disposição à quebra de relações com Taiwan de parte dos líderes católicos.

"É meio óbvio que o desejo expresso pelo governo Chinês de melhorar suas relações com o Vaticano é menos que sincera", disse o presidente da fundação, Joseph Kung.

O governo tinha alertado o bispo Julius Jia Zhiguo para que ele não conduzisse qualquer atividade religiosa durante os últimos momentos de vida de João Paulo II, bem como na eleição do papa Bento XVI, disse a fundação.

Grupos religiosos dizem que Jia já foi repetidas vezes presos por se recusar a filiar-se à Associação Católica Patriótica, controlada pelo Partido Comunista, que rejeita a autoridade vaticana, inclusive quanto à nomeação de bispos.

Os religiosos presos na quarta-feira foram identificados como Wang Dingshan, Li Qiang, Liu Wenyuan, Zhang Qingcai, Li Suchuan, Pei Zhenping and Yin Zhengsong.




Fonte: Terra

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