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Internacional
Quarta - 27 de Abril de 2005 às 20:10

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Madri - Uma semana depois de a Câmara dos Deputados da Espanha ter aprovado um projeto de lei autorizando o casamento homossexual, vários prefeitos conservadores anunciaram que não vão oficiar a cerimônia entre pessoas do mesmo sexo, e um cardeal pediu a funcionários públicos para desobedecer a lei, invocando objeção de consciência. Depois da aprovação na Câmara baixa em 21 de abril, o projeto vai nas próximas semanas ao Senado, onde os governantes socialistas desfrutam de amplo apoio para torná-lo lei.

O bispo católico Juan Antonio Reig Pla, da Catalunha, pediu aos prefeitos para se rebelarem contra a legislação. O cardeal de Barcelona, Ricard Maria Carles, referiu-se aos campos de concentração nazistas de Auschwitz como exemplo de o que ocorre quando as pessoas não seguem suas consciências.

Alguns prefeitos de pequenas cidades conservadoras, a grande maioria do oposicionista Partido Popular, anunciaram que se recusarão a presidir casamentos homossexuais. Alguns adiantaram que também não enviarão representantes, tentando impedir a oficialização do casamento.

O prefeito de Pontons, Lluis Fernando Caldentey, chegou a dizer a uma rádio catalã que um homossexual era "uma pessoa retardada, que nasceu com uma deficiência física ou mental".

Seu comentário provocou protestos de grupos gays e de políticos de todos os partidos. Temendo perder o controle da situação, o Partido Popular anunciou que tinha suspendido Caldentey, e pediu a seus prefeitos para respeitar a lei. O partido acrescentou, entretanto, que deveria haver espaço para aqueles que discordam da lei por razão de consciência.





Fonte: AP

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