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Polícia Brasil
Quarta - 27 de Abril de 2005 às 14:27
Por: ADILSON ROSA

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O Ministério Público Estadual determinou que sejam investigadas informações de uma relação de amizade mais próxima entre o sargento aposentado Nilson Batista Ferreira da Costa e o empresário Rachid Jaune. Em outubro Jaune admitiu, na polícia, conhecer o sargento, com quem teria se encontrado por acaso no escritório de um amigo em comum, em agosto do ano passado.

O encontro teria ocorrido, pelas contas do empresário, cerca de dois meses após o assassinato do advogado Anderson Eustáquio da Costa, ocorrido no dia 29 de junho do ano passado. Nilson foi denunciado como participante do assassinato do advogado. Já Rachid é pai do estudante Leonardo Jaune, outro denunciado na morte do advogado.

Mas em depoimento em juízo, a ex-esposa do militar, Andréia Queiroz, disse que houve mais encontros entre Jaune e Nilson nos últimos meses, mas não detalhou se foi antes ou depois do assassinato de Anderson.

Segundo Andréia, o pai de Leonardo pretendia fazer um novo exame de balística no revólver apreendido com Nilson e cujo resultado comprovou terem saído daquela arma os tiros que mataram Anderson. Andréia disse que Rachid acreditava na inocência de Nilson. Segundo a polícia, não é comum esse tipo de exame, principalmente partindo de um amigo.

Em outro trecho do depoimento, ela conta que Nilson era proprietário de uma fazenda na região de Alto Paraguai que estava no nome dela. A propriedade rural foi vendida e com o dinheiro o militar comprou a atual casa, no bairro Costa Verde. Andréia não disse como o ex-marido adquiriu a propriedade.

Ainda segundo Andréia, Nilson participou de um churrasco em companhia do pai de Leonardo, indicando que os encontros entre os dois é mais freqüente do que o declarado na polícia e em juízo.

Jaune foi ouvido na polícia na condição de testemunha. Diante das dúvidas surgidas com o depoimento de Andréia, Ministério Público determinou que a e ex-esposa do militar fosse interrogada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na tentativa de encontrar um vínculo maior entre o militar e o empresário.

No mês passado, o MPE denunciou (acusou formalmente) sargento Nilson e Leonardo como participantes da execução do advogado Anderson. Leonardo foi a última pessoa com quem Anderson teve contato antes de desaparecer.

O cadáver do advogado foi localizado em estado de decomposição, duas semanas depois do desaparecimento, numa região de garimpo, na saída para Rondonópolis. Os dois acusados respondem pelo crime em liberdade.





Fonte: Diário de Cuiaba

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