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Cidades/Geral
Quarta - 27 de Abril de 2005 às 08:24
Por: Daniel Petengil

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A Polícia Civil está apurando denúncias de fraudes no pagamento do seguro Dpvat a vítimas de acidentes de trânsito em Cuiabá, a partir do uso de laudos forjados e documentação falsa.

As suspeitas surgiram com a identificação de quatro laudos periciais feitos por supostos familiares de vítimas de acidentes, com o intuito de pleitear o dinheiro do seguro. A tentativa de falsificação foi flagrada pelo Instituto de Criminalística e enviado à polícia para dar início às investigações.

O inquérito foi aberto segunda-feira (25). São fotocópias de laudos e certidões de óbito exigidas para a abertura do processo. A polícia desconfia que os dados das pessoas usados nos documentos sejam "frios" ou que a quadrilha tenha se aproveitado de nomes de vítimas de homicídio como acidentados fatais.

De acordo com o diretor regional da Polícia Civil, delegado Milton Teixeira, a análise das fotocópias não foi suficiente para comprovar a ação fraudulenta. Em razão disso, os investigadores solicitaram à Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg), responsável pelo pagamento do benefício, uma consulta dos nomes sob suspeita. "Com essas informações poderemos ter mais subsídios para seguir com as investigações", afirma o delegado.

Por enquanto as suspeitas recaem sobre os quatro laudos já em poder da polícia. Mas a consulta à Fenaseg pode revelar novas práticas fraudulentas em Mato Grosso. No ano passado duas pessoas foram presas com vários documentos falsos e materiais usados nas fraudes. Ambos foram denunciados pelo Ministério Público Estadual por falsidade ideológica e respondem processo na Justiça. Pode haver relação entre os dois presos e a quadrilha investigada pela polícia.

O presidente da Associação das Vítimas de Acidentes de Trânsito, Edésio do Carmo, acompanha um caso em que a mulher de uma vítima fatal tentou buscar o benefício, mas ouviu da seguradora que o seguro já havia sido pago a um terceiro. "Há indício de golpe nesse caso". Em caso de morte ou invalidez física permanente o valor do seguro pago é de R$ 10,3 mil.

O dinheiro pago pela Fenaseg às vítimas é arrecadado com seguro obrigatório.




Fonte: A Gazeta

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