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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Terça - 26 de Abril de 2005 às 23:44

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Os Estados Unidos vêem como positiva a crescente presença global de uma democracia multiétnica como o Brasil e desejam continuar trabalhar juntos sobre diversos temas, como o comércio mundial, afirmou hoje a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice. "Penso que seja um fato o Brasil ser uma potência regional e, de fato, sua presença global está crescendo, e acho isso uma coisa boa", disse Rice em um briefing a jornalistas em Curaçao, antes de viajar para Brasília.

"A emergência dessas grandes democracias multiétnicas como Brasil, Índia e África do Sul é um dado positivo para o mundo e ninguém tem nada a temer sobre isso", acrescentou.

A secretária de Estado lembrou que o Brasil tem assumido novas responsabilidades, como liderar a missão de paz da ONU no Haiti e tem trabalhado em conjunto com os EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC) e nas negociações da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).

Ao ser perguntada sobre o aumento da presença da China na América Latina, Rice aproveitou para reforçar a defesa do livre comércio.

"Vocês sabem, nós não temos esta visão de economia internacional de que se alguém ganha, alguém perde. Na verdade, quanto mais investimentos, mais comércio (...) mais acordos de livre comércio tanto melhor", disse.

"O que nós precisamos é trabalhar por meio da OMC para garantir tudo isso no contexto de um campo global de negociações, de modo que as regras do jogo sejam claras para todos. E esse é um tema que temos trabalhado muito próximos ao Brasil", acrescentou. "Eles obviamente são muito influentes na OMC".

Recentemente o Brasil ganhou em definitivo na OMC uma disputa contra os Estados Unidos sobre subsídios aos produtores de algodão. Inicialmente a reação americana foi de que a decisão não seria acatada, mas nos últimos dias surgiram indicações de que eles podem rever sua posição.

A secretária de Estado foi cautelosa sobre a aspiração brasileira de ocupar uma cadeira como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, em uma eventual futura reforma.

"Os EUA têm sustentado que é importante considerar a reforma das Nações Unidas, incluindo o Conselho de Segurança, no contexto de uma ampla reforma", disse. Segundo ela, é preciso reformar o próprio secretariado da ONU, suas organizações e comissões.

"Nós queremos que essa instituição seja o mais forte possível e você não vai conseguir isso a não ser que fortaleça todas as suas partes", argumentou.

"Obviamente, a ONU foi fundada em 1945. É claro que ela precisa ser reformada e é claro que muita coisa aconteceu na política internacional desde 1945 (...) e é isso que vou falar aos brasileiros."

Rice aproveitou o briefing para elogiar o presidente Lula, que chamou de uma "figura notável" e lembrou que ele e o presidente americano, George W. Bush, "estabeleceram uma relação pessoal muito boa de trabalho".





Fonte: Reuters

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