Petrobras continua analisando novo modelo de contrato proposto pela Venezuela

Rio - A Petrobras analisa quais as vantagens e desvantagens do novo modelo de contrato proposto pelo governo venezuelano, cujo interesse é colocar a estatal PDVSA em posição sempre majoritária, com 51% do controle contra 49% para todas as demais empresas que operam naquele país.

Segundo informou hoje o presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, a companhia já se antecipou, inclusive, à decisão do governo venezuelano porque a questão já integrava um protocolo assinado entre os dois países, em fevereiro último. "Antes mesmo da mudança de postura do governo da Venezuela, já estávamos discutindo formas de transição para um contrato de partilha da produção", lembrou.

Dutra explicou que nada muda em relação à Petrobras Energia, subsidiária da Petrobras resultante da compra da argentina Perez Companc, que opera na Venezuela. "O que vai se discutir é se esses campos que são explorados pelas empresas se tornarão uma joint-venture com a participação das duas empresas ou se continuarão na situação anterior". A intenção da Venezuela é de modificação desses contratos, disse Dutra.

Ele informou que a Petrobras mantém conversa sobre o assunto com a PDVSA, dentro do processo de parceria que envolve não só as atuais concessões, mas também oportunidades em outros blocos na Venezuela que a Petrobras tem interesse em explorar, além da construção de uma refinaria no Brasil. Dutra contou que duas reuniões já foram realizadas no Rio de Janeiro e na Venezuela, mas ainda não há conclusões a respeito das oportunidades de negócios previstas nos acordos bilaterais. Em 2004, os investimentos da Patrobras na Venezuela somaram US$ 180 milhões.