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Nacional
Terça - 26 de Abril de 2005 às 21:40
Por: Marli Moreira

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São Paulo - Nos últimos 12 meses, até março último, todos os segmentos da área produtiva da região metropolitana de São Paulo aumentaram o número de postos de trabalho, segundo a pesquisa da Fundação Sistema de Análise de Dados (Seade) e do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). Foram criadas 489 mil ocupações. Só o setor privado admitiu 339 mil assalariados e outros 40 mil ingressaram nas empresas públicas.

A maior variação ocorreu na indústria, 10,9%, com abertura de mais 156 mil vagas com destaque para os segmentos de Química e Borrachas, Vestuário e Têxtil, Alimentos e Metal-Mecânica. Mas em termos absolutos, a área de serviços foi a que mais contratou pessoal, 188 mil, com aumento de 4,6%. No comércio, surgiram outras 103 mil ofertas, uma alta de 8,3%, e em outros setores, que incluem a construção civil e empregos domésticos, houve expansão de 4,2%, com 42 mil ocupações.

Em março, pelo segundo mês consecutivo, a taxa de desemprego nessa região voltou a crescer, passando de 17,1% para 17,3% da População Economicamente Ativa (PEA), que registrava nesse período, 9,91 milhões de trabalhadores. Mesmo assim, "é o menor crescimento já registrado nesta época do ano", disse o diretor de análise do Seade, Sinésio Pires Ferreira. Ele observa que além de existirem 285 mil desempregados a menos do que em março de 2004, as ofertas continuaram aumentando, o que é atípico para esse período. O que ocorreu é que também houve um acréscimo de 28 mil pessoas no contingente de desempregados, reduzindo, portanto, o impacto sobre a geração de 15 mil vagas.

Para o mês de abril, os técnicos do Seade e Dieese prevêem a possibilidade de uma surpresa que pode ser uma "boa novidade", segundo aponta Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese. Em sua avaliação, o fato de nos meses anteriores ter ocorrido oferta de emprego, quando, normalmente há mais dispensas, leva à projeção de que o fato pode se repetir.

Lúcio reconhece, no entanto, que o saldo de 1,715 milhões de pessoas fora do mercado é muito alto, o que causa uma precarização no mercado de mão-de-obra. "A economia precisa crescer continuadamente para que possa reduzir esse contingente e para que o mercado tenha outro comportamento". Ainda assim, em março houve uma melhora na oferta de vagas para as pessoas com mais de 40 anos e chefes de família bem como nas contratações com carteira assinada. O tempo médio gasto para encontrar trabalho diminuiu de 57 para 52 semanas.

Quanto aos rendimentos, a pesquisa apura os saldos comparativos de fevereiro sobre janeiro deste ano e fevereiro de 2004. Para os homens, o rendimento médio subiu 0,7% com vencimento em R$ 1.195 e para as mulheres, houve queda na média de 1,1% com o piso médio fixado em R$ 790. Sobre fevereiro de 2004, os homens tiveram queda de 1,7% e as mulheres, 0,7%. Já o rendimento médio dos ocupados na variação de fevereiro sobre janeiro último, cresceu ligeiramente em 0,2%, passando de R$ 1.009,00 para R$ 1011,00, enquanto dos assalariados, aumentou 0,7%, com a correção de R$ 1.066,00 para R$ 1.074,00.





Fonte: Agência Brasil

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