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Nacional
Terça - 26 de Abril de 2005 às 18:50
Por: Eduardo Kattah

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Belo Horizonte - Os pré-candidatos Valter Pomar e Plínio de Arruda Sampaio, representantes da esquerda petista, admitiram dificuldades para compor uma chapa única na eleição para o comando nacional da sigla, marcada para setembro. Uma das principais divergências está na ênfase das críticas à política econômica.

Enquanto Plínio defende a saída do governo do ministro da Fazenda, o petista Antônio Palocci, Pomar, da tendência Articulação de Esquerda, adota um discurso menos radical e prefere centrar fogo na condução da política monetária.

"O setor financeiro pesa no País de uma maneira tremenda. Nós recebemos um país aprisionado pela especulação e não conseguimos desatar esse nó. Esse é o problema principal", disse o pré-candidato, que ocupa o cargo de segundo vice-presidente do PT.

Pomar discorda do rótulo de "neoliberal" para a política econômica do governo Lula. "Tem companheiros da esquerda do partido que acham isso", observou. "O governo está adotando uma política que eu chamo de desenvolvimentismo conservador".

Perguntado sobre a posição do deputado estadual Raul Pont (RS) - que ao ser lançado candidato pela tendência Democracia Socialista defendeu a saída de Palocci, do presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, e do ministro da Previdência, Romero Jucá -, Sampaio disse que ficava "muito contente" com a declaração do colega de partido. "Eu também peço (a saída dos ministros)".

"Quando assumiu, o Palocci disse que não podia dar um cavalo-de-pau na economia e deu um cavalo-de-pau na nossa consciência", acusou o ex-deputado federal.

Unidade - Os dois pré-candidatos participaram de um debate com militantes e políticos petistas na noite de ontem, no auditório da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte.

Pont - que depois amenizou o discurso em relação a Palocci - não compareceu ao encontro. O debate tinha como objetivo abrir discussão para uma possível união das correntes de esquerda em torno de um único nome de oposição ao atual presidente, José Genoino, do chamado Campo Majoritário.

"Eu gostaria muito de ser o único candidato da esquerda do partido, mas é claro que eu tenho de discutir isso com todos os companheiros", disse Plínio.

Pomar admitiu, porém, a dificuldade de convergência em vários pontos. "Se a gente não construir essa unidade, é melhor que a gente se apresente ao partido com candidaturas em chapas separadas".

Outra candidatura de oposição a Genoino já lançada é a da deputada Maria do Rosário (RS), do Movimento PT, grupo considerado moderado.





Fonte: Agência Estado

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