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Cresce movimento de resistência à retirada de Gaza
Dentro da apertada casa nova da família, no assentamento litorâneo de Shirat Hayam, na Faixa de Gaza, Pinchas Etzion parou na terça-feira para ouvir o barulho da construção do lado de fora.
"Soa como música para os meus ouvidos", disse, sorrindo, em meio ao barulho das obras que prosseguem em alguns assentamentos de Gaza apesar da promessa israelense de desocupar a faixa de território daqui a três ou quatro meses.
Entre as equipes que reformam um conjunto de casas para novos moradores estão judeus ultranacionalistas como Etzion. Os 8.500 colonos de Gaza esperam que a onda de simpatizantes cresça cada vez mais e impeça a desocupação.
Há demonstrações de resistência e determinação por todo lado em Gaza, enquanto os colonos observam o que deve ser sua última páscoa judaica no pequeno território, ao qual muitos acreditam ter direito segundo a Bíblia.
Líderes dos colonos pediram apoio em todo Israel para um grande protesto marcado para quarta-feira. Carros e vans com faixas entravam sem parar em Gaza, que está cheia de cartazes dizendo coisas como "judeus não deviam expulsar judeus".
Os visitantes traziam bandeiras, chapéus, camisetas e pulseiras antidesocupação — tudo em laranja, a cor da oposição ao plano do premiê Ariel Sharon de desocupar todos os 21 assentamentos de Gaza e quatro dos 120 da Cisjordânia.
Com os hotéis lotados, barracas foram montadas na praia, às vezes à vista de pobres vilarejos palestinos, isolados por cercas de arame farpado.
Os líderes dos colonos esperam que muitos dos manifestantes fiquem em Gaza, atrapalhando o plano de retirada. Um grupo de protesto está estocando sacos de dormir, barracas e comida enlatada doados para aqueles que che
garem. As autoridades de segurança temem que o reforço na resistência à desocupação se torne violento.
Etzion, 29, professor de religião que deixou um assentamento na Cisjordânia e se mudou com a mulher e três filhos pequenos para Gaza há um mês, com a intenção de ficar, jurou não deixar o local sem resistir.
"Só vamos usar meios passivos, mas eles vão ter de nos arrastar para fora daqui", disse ele. Para Etzion, abrir mão de Gaza será um "presente para os terroristas" depois de mais de quatro anos de levante armado.
Muitos moradores antigos do local repetem as declarações de Etzion ou se apegam à fé, acreditando que algum milagre vá impedir o plano de Sharon de se "desengajar" do conflito com os palestinos.
Eles não se importam com o fato de que Sharon tenha passado por todas as etapas legislativas para aprovar a desocupação, ou de que as pesquisas de opinião mostrem que a maioria dos israelenses quer se livrar de Gaza, um território difícil de defender, onde os colonos vivem em meio a 1,3 milhão de palestinos.
Mas, com o avanço da contagem regressiva para a retirada, marcada para julho, alguns colonos começam a se resignar, embora estejam se mantendo discretos para evitar as críticas de vizinhos. Um número limitado já começou a negociar pacotes indenizatórios.
"Soa como música para os meus ouvidos", disse, sorrindo, em meio ao barulho das obras que prosseguem em alguns assentamentos de Gaza apesar da promessa israelense de desocupar a faixa de território daqui a três ou quatro meses.
Entre as equipes que reformam um conjunto de casas para novos moradores estão judeus ultranacionalistas como Etzion. Os 8.500 colonos de Gaza esperam que a onda de simpatizantes cresça cada vez mais e impeça a desocupação.
Há demonstrações de resistência e determinação por todo lado em Gaza, enquanto os colonos observam o que deve ser sua última páscoa judaica no pequeno território, ao qual muitos acreditam ter direito segundo a Bíblia.
Líderes dos colonos pediram apoio em todo Israel para um grande protesto marcado para quarta-feira. Carros e vans com faixas entravam sem parar em Gaza, que está cheia de cartazes dizendo coisas como "judeus não deviam expulsar judeus".
Os visitantes traziam bandeiras, chapéus, camisetas e pulseiras antidesocupação — tudo em laranja, a cor da oposição ao plano do premiê Ariel Sharon de desocupar todos os 21 assentamentos de Gaza e quatro dos 120 da Cisjordânia.
Com os hotéis lotados, barracas foram montadas na praia, às vezes à vista de pobres vilarejos palestinos, isolados por cercas de arame farpado.
Os líderes dos colonos esperam que muitos dos manifestantes fiquem em Gaza, atrapalhando o plano de retirada. Um grupo de protesto está estocando sacos de dormir, barracas e comida enlatada doados para aqueles que che
garem. As autoridades de segurança temem que o reforço na resistência à desocupação se torne violento.
Etzion, 29, professor de religião que deixou um assentamento na Cisjordânia e se mudou com a mulher e três filhos pequenos para Gaza há um mês, com a intenção de ficar, jurou não deixar o local sem resistir.
"Só vamos usar meios passivos, mas eles vão ter de nos arrastar para fora daqui", disse ele. Para Etzion, abrir mão de Gaza será um "presente para os terroristas" depois de mais de quatro anos de levante armado.
Muitos moradores antigos do local repetem as declarações de Etzion ou se apegam à fé, acreditando que algum milagre vá impedir o plano de Sharon de se "desengajar" do conflito com os palestinos.
Eles não se importam com o fato de que Sharon tenha passado por todas as etapas legislativas para aprovar a desocupação, ou de que as pesquisas de opinião mostrem que a maioria dos israelenses quer se livrar de Gaza, um território difícil de defender, onde os colonos vivem em meio a 1,3 milhão de palestinos.
Mas, com o avanço da contagem regressiva para a retirada, marcada para julho, alguns colonos começam a se resignar, embora estejam se mantendo discretos para evitar as críticas de vizinhos. Um número limitado já começou a negociar pacotes indenizatórios.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/343315/visualizar/
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