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Economia
Terça - 26 de Abril de 2005 às 18:00
Por: Vânia Cristino

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Brasília - Empresários que participaram na manhã desta terça-feira da solenidade de lançamento do "Mapa Estratégico da Indústria", na sede da CNI, criticaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que atribuiu ontem as altas taxas de juros vigentes no País ao "comodismo" do brasileiro. "Não há um povo no mundo que seja mais criativo e trabalhador que o brasileiro, se não ele não teria sobrevivido. E uma coisa que o brasileiro faz pouco é ficar sentado", disse o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.

Também o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, disse não concordar com as declarações de Lula. "É muito simplismo jogar para o consumidor a responsabilidade pelo excesso da taxa de juros", disse ele. "No Brasil os juros são excessivos, há uma sobrecarga da política monetária que impõe um ônus desnecessário sobre a população."

O presidente do grupo Gerdau, Jorge Gerdau Johanpeter, lembrou o alto endividamento público para dizer que "o governo é o maior responsável pelo alto custo do dinheiro no País, porque desequilibra a oferta e a procura". Segundo Gerdau, para sustentar a dívida, "o governo drena os recursos do mercado e converte o dinheiro numa mercadoria escassa". Nessa situação, afirmou, "o tomador do dinheiro tem pouco a fazer".

Gerdau criticou ainda a tributação sobre a intermediação financeira, que também contribui para o alto custo do dinheiro. "Em nenhum país do mundo a intermediação é sujeita a tributação. Só se paga imposto sobre o lucro", disse o empresário. "Aqui se tributa, sob a alegação de que se está penalizando o banqueiro, quando na verdade se penaliza o tomador final dos recursos."





Fonte: Agência Estado

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