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Saúde
Terça - 26 de Abril de 2005 às 15:37

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A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e a empresa Bthek Biotecnologia desenvolveram um inseticida biológico capaz de controlar o mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti), uma doença que vem crescendo muito no Brasil. O inseticida biológico, denominado Bt-horus, é eficaz também contra o borrachudo (Simullium spp) que, além de ter uma picada dolorida, pode causar alergia e, com isso, prejudicar a vida dos trabalhadores rurais, o turismo e a agropecuária, pois também causa estresses em animais. O Bt-horus foi desenvolvido a partir de uma bactéria conhecida como Bt (Bacilus thuringiensis), amplamente utilizada em programas de controle biológico em todo o mundo. Essa bactéria é entomopatogênica, ou seja, específica para controlar os insetos-alvo e, portanto, de acordo com os especialistas, o produto é inofensivo à saúde humana e ao meio ambiente, podendo ser utilizado em caixas d'água domésticas e em cursos de água.

Como ingrediente ativo do Bt-horus, a equipe de controle biológico da Embrapa, liderada pela pesquisadora Rose Monnerat, usou uma estirpe brasileira de Bacillus thuringiensis altamente tóxica ao mosquito transmissor da dengue e ao borrachudo. O desenvolvimento do processo produtivo e de formulação foi executado pelas empresas parceiras, envolvendo uma série de testes, e somente depois o produto foi registrado junto ao Ministério da Saúde.

O Bt-horus já está sendo empregado, com excelentes resultados, como explica a pesquisadora: "Nos experimentos que realizamos em caixas d¿água na cidade de Brasília, obtivemos um índice de mortalidade de mosquitos de 100% durante um mês".

Como esses insetos estão presentes em todo o território brasileiro, o mercado potencial para o produto é muito amplo. De acordo com a Embrapa, além de melhorar a qualidade de vida da população o inseticida pode contribuir para a preservação do meio ambiente, por não conter substâncias químicas nocivas ao homem e aos demais seres vivos. A entidade salienta também que o produto pode beneficiar a pecuária devido à provável redução de perdas com o controle dos borrachudos, e gerar economia secundária nos programas de saúde pela diminuição de casos de dengue e de alergias decorrentes de picadas de borrachudo.





Fonte: Terra

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