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Terça - 26 de Abril de 2005 às 15:12

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A Justiça rejeitou na segunda-feira as restrições da defesa e decidiu que a promotoria pode convocar a ex-mulher de Michael Jackson, Debbie Rowe, para depor no julgamento em que ele é acusado de abuso sexual contra um menino.

Rowe, mãe dos dois filhos de Jackson, deve dizer nesta semana ao júri que fez parte de um esforço para resgatar a imagem do ídolo pop, que havia sido arranhada por um documentário britânico em que ele defendia seu hábito de dormir com menores e aparecia de mãos dadas com o menino que hoje o acusa de abuso sexual.

O promotor Ron Zonen disse que Rowe dirá aos jurados que empregados de Jackson a pressionaram a dar uma entrevista altamente roteirizada em apoio ao cantor. Em troca, ela teria facilidades para visitar os dois filhos.

Jackson, de 46 anos, é acusado também de ter conspirado para manter a família do menino sob cárcere privado em seu rancho Neverland e teria incitado os parentes do garoto a gravarem um vídeo de resposta, que agora está no centro do julgamento.

Nesse vídeo-resposta, o menino, sua mãe e seus irmãos se referem calorosamente a Jackson como sendo uma figura paterna ideal e rejeitam veementemente qualquer insinuação de que ele tenha agido inadequadamente.

Jackson é acusado de molestar sexualmente o menino, então com 13 anos, no rancho Neverland. Ele se diz inocente. Pode ser condenado a mais de 20 anos de prisão.

Os promotores informaram que desistiram de ouvir o depoimento de Chris Carter, ex-chefe de segurança de Jackson, atualmente acusado de roubo e seqüestro em Las Vegas. Eles não explicaram a decisão.

Robert Sanger, advogado de Jackson, havia pedido ao juiz Rodney Melville que impedisse o depoimento de Rowe, argumentando que não há nada de errado com a existência de um roteiro em entrevistas. Sanger também disse que a defesa pretende interrogar longamente Rowe, o que vai prolongar um julgamento que já está no terceiro mês.

Em audiência sem a presença do júri, Melville disse que vai autorizar o depoimento de Rowe, mas cuidar de limitar o seu âmbito. Quando voltaram ao plenário, os jurados ouviram o ex-segurança de Neverland Kassim Abdool, convocado pela acusação para corroborar alguns dos testemunhos mais assustadores e polêmicos do julgamento, feito pelo também segurança Ralph Chacon.

Chacon disse ao júri neste mês que viu, através da janela de um quarto, no começo da década de 1990, Jackson fazendo sexo oral em um menino que depois conseguiu US$ 23 milhões em um acordo civil com o cantor. Chacon disse que, antes disso, Jackson e o menino estavam imersos em uma banheira de hidromassagem. Abdool disse que, logo depois disso, foi ao banheiro e viu roupas de banho molhadas, que teriam sido usadas por Jackson e pelo menino. Mais tarde, ele teria visto a dupla entrando na casa principal da propriedade e trancando as portas.

- Jackson estava com o torso nu e com uma toalha na cintura - disse Abdool. O relato é semelhante ao que foi feito por Chacon.

Abdool e Chacon já processaram Jackson, mas perderam a ação. Ao ser interrogado pela defesa, Abdool admitiu que, em 1994, assinou uma declaração segundo a qual nunca testemunhara qualquer comportamento inadequado por parte do cantor.

Abdool também reconheceu que ele e outras pessoas, que acabaram sendo obrigadas a pagar mais de US$ 1 milhão de indenização por danos morais a Jackson, venderam a história para um jornal por US$ 15 mil, a fim de bancar a ação judicial.

- Obviamente isso se revelou um mau investimento - disse o advogado Tom Mesereau em um aparte.





Fonte: Reuters

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