Petróleo cai após reunião entre Bush e príncipe saudita

Os preços do petróleo registram queda nesta terça-feira, refletindo os comentários de ontem do príncipe saudita Abdullah ben Abdel Aziz após a reunião que teve com o presidente americano, George W. Bush, de que a Arábia Saudita poderia aumentar sua produção para conter os preços do produto.

O barril para entrega em junho, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, estava cotado a US$ 54,18, baixa de 0,71% na pré-abertura dos negócios. Em Londres, o barril do petróleo Brent estava cotado a US$ 53,85, baixa de 0,55% às 8h13 (em Brasília).

"Os altos preços do petróleo prejudicam os mercados e ele [o príncipe Abdullah] sabe disso", disse Bush. O presidente disse que os preços da commodity devem depender, no entanto, da demanda. "O preço do petróleo está alto não apenas porque nossa economia está crescendo, mas também porque economias como as da China e da Índia também estão."

Os preços do petróleo afetam diretamente os da gasolina. Os investidores temem ainda que a capacidade de produção das refinarias americanas não seja suficiente para abastecer o mercado doméstico na temporada de verão, que se aproxima do hemisfério Norte.

Em seu último relatório semanal, o Departamento de Energia dos EUA, mostrou uma queda de 1,5 milhão de barris no estoque de gasolina no país. O total estocado nos EUA agora é de 211,6 milhões de barris, 5% a menos que o registrado no mesmo período do ano passado.

O ministro saudita do petróleo, Ali al Naimi, disse na semana passada que pretende aumentar o limite de produção da Opep para 12,5 milhões de barris diários até 2009 e, depois disso, para 15 milhões, se houver necessidade.

O consultor do príncipe Abdullah, Adel al Jubeir, disse que a Arábia Saudita julga que o preço do petróleo deveriam chegar a "níveis razoáveis". "No longo prazo, os altos preços do petróleo afetam os consumidores devido à desaceleração do crescimento econômico e prejudicam também os produtores, ao desacelerar o crescimento da demanda."