Repórter News - reporternews.com.br
Governo e parceiros debatem em Cáceres integração sul-americana
O Governo de Mato Grosso e o Sebrae/MT realizam nesta sexta-feira (29.04), a partir das 8 horas, no Cine Teatro Xin, o seminário “Carta de Cuiabá: Workshop de Cáceres”, como mais uma ação do Seminário Internacional de Infra-estrutura Multimodal, realizado mês passado, na capital.
O evento tem apoio da Prefeitura Municipal de Cáceres e vai reunir empresários, operadores de transporte, autoridades e estudiosos para discutir formas de colocar em prática a integração de Mato Grosso, a partir do município, com países do Mercosul.
O debate será dividido em duas etapas: pela manhã, ele será concentrado no tema via navegável do rio Paraguai, e à tarde, nas vantagens competitivas do porto de Cáceres e infra-estrutura necessária para Cáceres se firmar como pólo de comércio internacional.
No primeiro período, os trabalhos terão como expositores o secretário estadual de Infra-estrutura, Luiz Antônio Pagot; o assessor de Comércio Exterior da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Serafim Carvalho Melo; o superintendente da Hidrovia Paraguai-Paraná, Fermiano Yarzon; e o presidente da Companhia Interamericana de Navegação e Comércio (Cinco Navegação), Michel Chaim.
Nesta etapa, serão mostradas as condições de navegabilidade do rio no trecho fronteiriço com a Bolívia entre Cáceres (MT) e Corumbá (MS), o nível tecnológico da via navegável e a capacidade instalada do porto do município mato-grossense.
À tarde, estudiosos como os professores José Vicente Caixeta Filho, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e Vitor Galesso, da Unic, apresentam estudos e possibilidades de utilização da Hidrovia Paraguai-Paraná.
Também vão contribuir para a exposição o secretário de Planejamento de Cáceres, Adilson Reis, e o sócio-proprietário da Granule, do ramo de cereais, que vai falar sobre a logística para o agronegócio a partir do porto de Cáceres.
O secretário estadual de Projetos Estratégicos, Cloves Vettorato, analisa o debate como momento dos envolvidos no comércio exterior perceberem a hidrovia competitiva para exportar produtos de Mato Grosso.
“Vai ficar claro o raio de abrangência e a competitividade da hidrovia, como o custo com o uso do modal para colocar produtos nos centros de consumo, tipo Roterdã, na Holanda”, exemplifica.
O secretário calcula que estarão no workshop representantes de tradings, de produtores de grãos para buscar conhecimento sobre as vantagens da alternativa de escoamento.
“Vamos ter palestrantes que vão fazer comparativo dos diversos modais que temos. Assim, conforme a localização das cargas, teremos uma vantagem. E a hidrovia é competitiva”, demonstra a perspectiva de negócios da via de escoamento.
ADUANA UNIFICADA - Durante o workshop da Carta de Cuiabá em Cáceres, serão discutidos também encaminhamentos para se concretizar um centro unificado de aduana na fronteira Cáceres e San Mathias.
O professor e especialista da hidrovia, Alfredo da Mota Menezes e o prefeito de Cáceres, Ricardo Henry farão parte do painel a ser apresentado pelo presidente do Centro Unificado de Fronteira de São Borja/São Tomé (RS), Newton Brunelli.
Segundo dados da Administração da Hidrovia Paraná-Paraguai (Ahipar), sediada em Corumbá, até 2008 a hidrovia pode transportar 10 milhões de toneladas.
A estimativa deste ano é de 3,5 milhões de toneladas, ou incremento de 30% em relação à movimentação de 2,73 milhões de carga no ano passado.
Neste volume, constam carregamentos dos portos de Cáceres (MT), Corumbá, Ladário e Porto Murtinho, todos em Mato Grosso do Sul e Gravetal (Bolívia). A hidrovia tem 3.442 Km, desde Mato Grosso ao Porto de Nueva Palmira, no Uruguai.
As políticas relacionadas ao comércio exterior, integração comercial e cultural do Governo de Mato Grosso foram tiradas na “Carta de Cuiabá”
. Elas estão reunidas no Programa de Integração Inter-regional da administração Blairo Maggi.
E coordenadas por um Comitê Gestor, da qual fazem parte os secretários Vettorato, Pagot, Alexandre Furlan (Indústria, Comércio e Mineração), Yêda Marli (Desenvolvimento do Turismo), João Carlos Vicente Ferreira (Cultura) e os consultores Alfredo da Mota Menezes, Clovis Miranda e Jeferson de Castro.
O comitê tem como secretário-executivo, o assessor de comércio exterior da Sicme, Serafim Carvalho Melo.
Propostas tiradas na Carta de Cuiabá
1. Ação conjunta dos governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, em parceria com a Frente Parlamentar das Hidrovias da Câmara dos Deputados, com o Ministério dos Transportes para priorizar a hidrovia Paraguai-Paraná num contexto de transporte intermodal.
Pautas dessa ação:
a) diálogo com o as partes envolvidas no processo judiciário para a busca de soluções alternativas ao impasses jurídicos existentes
b) incluir a hidrovia no rol de projetos pilotos;
c) diálogo com o Ministério do Meio Ambiente para o estabelecimento de referenciais para análise da navegação em rios navegáveis
d) a locação de recursos para implantação e implementação de: cartas eletrônicas; modelo matemático; monitoramento ambiental; manutenção das condições de navegabilidade do rio
2. Desenvolver tratativas com os governos brasileiro e boliviano para juntar todos os serviços da aduana de Cáceres e San Matias num mesmo local. Havendo esse acordo o Governo de Mato Grosso construirá obras físicas para localização da aduana.
3. Desenvolver tratativas com os dois governos com vistas à redução das fronteiras físicas e burocráticas entre os dois países;
4. Buscar investimento para o treinamento de agentes e organização de estruturação de pessoal na fronteira;
5. Estudar a possibilidade, sob a liderança do governo de Mato Grosso juntamente com entidades empresariais, da criação, junto ao BID com a participação da Corporação Andina de Fomento e do BNDES, de um fundo de recursos financeiros dos países do Centro-Oeste sul-americano, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Peru para viabilizar as obras de asfaltamento dos 430 quilômetros ainda sem asfalto da ligação Santa Cruz de la Sierra a Mato Grosso.
6. Realizar em setembro de 2005, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, o II Seminário Internacional de Infra-Estrutura Multimodal
7. Incluir na rota área São Paulo – Santa Cruz de La Sierra uma escala semanal em Cuiabá.
8. Retomar a realização de rodadas de negócio entre empresários dos países do Centro-Oeste sul-americano.
9. Envidar esforços para a viabilização de uma linha de ônibus interligando Santa Cruz de la Sierra Cuiabá.
O evento tem apoio da Prefeitura Municipal de Cáceres e vai reunir empresários, operadores de transporte, autoridades e estudiosos para discutir formas de colocar em prática a integração de Mato Grosso, a partir do município, com países do Mercosul.
O debate será dividido em duas etapas: pela manhã, ele será concentrado no tema via navegável do rio Paraguai, e à tarde, nas vantagens competitivas do porto de Cáceres e infra-estrutura necessária para Cáceres se firmar como pólo de comércio internacional.
No primeiro período, os trabalhos terão como expositores o secretário estadual de Infra-estrutura, Luiz Antônio Pagot; o assessor de Comércio Exterior da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Serafim Carvalho Melo; o superintendente da Hidrovia Paraguai-Paraná, Fermiano Yarzon; e o presidente da Companhia Interamericana de Navegação e Comércio (Cinco Navegação), Michel Chaim.
Nesta etapa, serão mostradas as condições de navegabilidade do rio no trecho fronteiriço com a Bolívia entre Cáceres (MT) e Corumbá (MS), o nível tecnológico da via navegável e a capacidade instalada do porto do município mato-grossense.
À tarde, estudiosos como os professores José Vicente Caixeta Filho, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e Vitor Galesso, da Unic, apresentam estudos e possibilidades de utilização da Hidrovia Paraguai-Paraná.
Também vão contribuir para a exposição o secretário de Planejamento de Cáceres, Adilson Reis, e o sócio-proprietário da Granule, do ramo de cereais, que vai falar sobre a logística para o agronegócio a partir do porto de Cáceres.
O secretário estadual de Projetos Estratégicos, Cloves Vettorato, analisa o debate como momento dos envolvidos no comércio exterior perceberem a hidrovia competitiva para exportar produtos de Mato Grosso.
“Vai ficar claro o raio de abrangência e a competitividade da hidrovia, como o custo com o uso do modal para colocar produtos nos centros de consumo, tipo Roterdã, na Holanda”, exemplifica.
O secretário calcula que estarão no workshop representantes de tradings, de produtores de grãos para buscar conhecimento sobre as vantagens da alternativa de escoamento.
“Vamos ter palestrantes que vão fazer comparativo dos diversos modais que temos. Assim, conforme a localização das cargas, teremos uma vantagem. E a hidrovia é competitiva”, demonstra a perspectiva de negócios da via de escoamento.
ADUANA UNIFICADA - Durante o workshop da Carta de Cuiabá em Cáceres, serão discutidos também encaminhamentos para se concretizar um centro unificado de aduana na fronteira Cáceres e San Mathias.
O professor e especialista da hidrovia, Alfredo da Mota Menezes e o prefeito de Cáceres, Ricardo Henry farão parte do painel a ser apresentado pelo presidente do Centro Unificado de Fronteira de São Borja/São Tomé (RS), Newton Brunelli.
Segundo dados da Administração da Hidrovia Paraná-Paraguai (Ahipar), sediada em Corumbá, até 2008 a hidrovia pode transportar 10 milhões de toneladas.
A estimativa deste ano é de 3,5 milhões de toneladas, ou incremento de 30% em relação à movimentação de 2,73 milhões de carga no ano passado.
Neste volume, constam carregamentos dos portos de Cáceres (MT), Corumbá, Ladário e Porto Murtinho, todos em Mato Grosso do Sul e Gravetal (Bolívia). A hidrovia tem 3.442 Km, desde Mato Grosso ao Porto de Nueva Palmira, no Uruguai.
As políticas relacionadas ao comércio exterior, integração comercial e cultural do Governo de Mato Grosso foram tiradas na “Carta de Cuiabá”
. Elas estão reunidas no Programa de Integração Inter-regional da administração Blairo Maggi.
E coordenadas por um Comitê Gestor, da qual fazem parte os secretários Vettorato, Pagot, Alexandre Furlan (Indústria, Comércio e Mineração), Yêda Marli (Desenvolvimento do Turismo), João Carlos Vicente Ferreira (Cultura) e os consultores Alfredo da Mota Menezes, Clovis Miranda e Jeferson de Castro.
O comitê tem como secretário-executivo, o assessor de comércio exterior da Sicme, Serafim Carvalho Melo.
Propostas tiradas na Carta de Cuiabá
1. Ação conjunta dos governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, em parceria com a Frente Parlamentar das Hidrovias da Câmara dos Deputados, com o Ministério dos Transportes para priorizar a hidrovia Paraguai-Paraná num contexto de transporte intermodal.
Pautas dessa ação:
a) diálogo com o as partes envolvidas no processo judiciário para a busca de soluções alternativas ao impasses jurídicos existentes
b) incluir a hidrovia no rol de projetos pilotos;
c) diálogo com o Ministério do Meio Ambiente para o estabelecimento de referenciais para análise da navegação em rios navegáveis
d) a locação de recursos para implantação e implementação de: cartas eletrônicas; modelo matemático; monitoramento ambiental; manutenção das condições de navegabilidade do rio
2. Desenvolver tratativas com os governos brasileiro e boliviano para juntar todos os serviços da aduana de Cáceres e San Matias num mesmo local. Havendo esse acordo o Governo de Mato Grosso construirá obras físicas para localização da aduana.
3. Desenvolver tratativas com os dois governos com vistas à redução das fronteiras físicas e burocráticas entre os dois países;
4. Buscar investimento para o treinamento de agentes e organização de estruturação de pessoal na fronteira;
5. Estudar a possibilidade, sob a liderança do governo de Mato Grosso juntamente com entidades empresariais, da criação, junto ao BID com a participação da Corporação Andina de Fomento e do BNDES, de um fundo de recursos financeiros dos países do Centro-Oeste sul-americano, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Peru para viabilizar as obras de asfaltamento dos 430 quilômetros ainda sem asfalto da ligação Santa Cruz de la Sierra a Mato Grosso.
6. Realizar em setembro de 2005, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, o II Seminário Internacional de Infra-Estrutura Multimodal
7. Incluir na rota área São Paulo – Santa Cruz de La Sierra uma escala semanal em Cuiabá.
8. Retomar a realização de rodadas de negócio entre empresários dos países do Centro-Oeste sul-americano.
9. Envidar esforços para a viabilização de uma linha de ônibus interligando Santa Cruz de la Sierra Cuiabá.
Fonte:
Secom - MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/343574/visualizar/
Comentários