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Economia
Segunda - 25 de Abril de 2005 às 10:34
Por: RAQUEL BARROSO

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Devido ao crescente número de indústrias que estão se instalando em Cuiabá e região, empresários de São Paulo e Mato Grosso estão implantando na capital Mato-grossense o Centro de Gerenciamento de Resíduos (CGR), popularmente conhecido como Aterro Regional de Cuiabá. Instalado numa área de 20 hectares, contendo oito células de sete mil metros quadrados cada uma, o CGR tem previsão de entrar em operação em 15 dias.

Segundo os diretores do empreendimento, o Aterro Regional de Cuiabá está 100% dentro das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e Sistema de Gestão de Qualidade (NBR ISO). “Além de termos uma área com baixo índice de impermeabilização, equipamos a célula com mantas de poletileno e drenos de segurança, para que desta forma todo o lixo possa ser controlado”, afirma o sócio-proprietário, Adilson Valera.

O empreendimento terá a capacidade de receber cinco mil metros cúbicos do lixo da classe 1 (produtos químicos, hospitalar, com alto índice de contaminação), 1,5 milhão de metros cúbicos do lixo classe 2 (lixo domiciliar e industrial com baixo índice contaminação) e 500 mil metros cúbicos de lixo da classe 3 (lixos oriundos da construção civil sem nenhum risco de contaminação).

Com esta capacidade instalada o Aterro Regional de Cuiabá poderá receber por dia 600 toneladas de lixo doméstico e 200 toneladas de lixo industrial.

De acordo com os administradores do empreendimento, a remuneração para o lixo doméstico será de R$ 55 por tonelada e para as indústrias essa remuneração irá variar de R$ 60 a R$ 2.000 por tonelada, dependendo do grau de contaminação.

Além de gerenciar os resíduos industriais e domésticos, a geração de gases, oriunda da decomposição destes materiais, será revertida em créditos de carbono, negociados através de contratos com empresas internacionais.

Antes mesmo de entrar em operação, já foi assinado o Contrato de Intenção entre o Centro de Gerenciamento de Resíduos e a Biohea International B. Z. e a PTZ Fontes Alternativas de Energia. Estas duas empresas são especializadas em negociação de redução de emissão de carbono (CO2). Segundo Adilson Valera, a expectativa do Aterro é de gerar 3 MW (mega watts) de crédito de carbono.

“Atualmente a tendência nacionalmente é trabalhar com aterros regionais, fazendo parcerias para reduzir custos de infra-estrutura tanto para a iniciativa privada quanto para a gestão pública”, disse o sócio-proprietário Adison Valera.

Para o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan, a instalação do Aterro Regional de Cuiabá já é um indicador de resultados da política de governo implantada nos últimos anos da verticalização do processo industrial das commodities de Mato Grosso. “Com a chegada de novas indústrias, está aumentando a quantidade de resíduos gerados e pelo fato das empresas serem exportadoras há a necessidade de se destinar os resíduos para locais adequados. E com a instalação do Centro de Gerenciamento de Resíduos em Cuiabá as indústrias mato-grossenses poderão destinar os resíduos para um local adequado e desta forma estarão contribuindo com a preservação ambiental”, ressaltou Alexandre Furlan.

Para a instalação do Aterro Regional de Cuiabá, localizado numa região a 6 km do Distrito Industrial de Cuiabá, os proprietários do empreendimento realizaram uma pesquisa que identificou que o complexo de gerenciamento de resíduos poderá receber resíduos industriais e domiciliares por meio da coleta normal num raio de até 150 quilômetros. Além disto, por meio do transbordo, os lixos industriais e domiciliares poderão chegar de uma distância de até 450 quilômetros.





Fonte: Assessoria/Sicme-MT

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