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Presidente deposto do Equador inicia exílio no Brasil
O presidente deposto do Equador, Lucio Gutiérrez, desembarcou em Brasília na tarde de domingo com sua família, iniciando o asilo político quatro dias depois dos protestos populares contra seu governo que provocaram sua saída.
Ele chegou com sua mulher Ximena Bohórquez Romero e uma de suas duas filhas, Viviana Estefania, por volta das 13h30 e foi conduzido de helicóptero a um hotel de trânsito do Exército, no setor militar urbano da cidade, informou a assessoria da Presidência da República. A outra filha do ex-presidente, Karina Ximena, ficou no Equador, onde faz um curso no Exército.
Gutiérrez foi destituído na última quarta-feira pelo Congresso por abandonar o posto e substituído pelo vice-presidente, Alfredo Palácio. Ele fugiu depois que o Exército retirou-lhe o apoio, permanecendo desde então na residência do embaixador brasileiro em Quito, que foi cercada por manifestantes raivosos, contrários à sua saída do país.
Durante sua saída nesta madrugada, porém, não houve resistência. O ex-presidente deixou o local sob um esquema de segurança especial e foi levado para a base aérea de Latacunga, 100 quilômetros ao sul da capital, para ser resgatado por um jato da Força Aérea Brasileira (FAB).
Segundo o brigadeiro Joseli Parente Camelo, encarregado da operação, o ex-presidente, sua mulher e filha chegaram à base aérea vestindo roupas militares. A operação foi rápida e o trajeto até o Brasil incluiu uma escala em Rio Branco, no Acre.
Camelo acrescentou que eles dormiram na maior parte do vôo e mostraram-se extremamente agradecidos. Emocionada, a mulher de Gutiérrez teria dito "Deus lhe pague, porque nós não podemos", contou o brigadeiro.
Na próxima terça-feira, Gutiérrez deve se reunir com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para discutir sua situação no país. Segundo uma fonte do Itamaraty, o período de asilo tem geralmente a duração de dois anos.
Em seu pedido de asilo, Gutiérrez, um coronel da reserva de 48 anos, dizia temer por sua integridade física.
"(...) Sinto-me pessoalmente ameaçado e incapaz de garantir minha liberdade e minha integridade física, assim como a de minha esposa e duas filhas", diz ele, segundo a nota.
CRISE CONSTITUCIONAL
Gutiérrez foi destituído por parlamentares da oposição no Congresso que consideraram que ele abandonou o cargo, pois não cumpriu com suas obrigações de presidente e fez o país cair numa crise institucional ao intervir no Poder Judiciário.
A decisão do Congresso foi tomada depois de uma semana de protestos, reprimidos violentamente pela polícia e que deixaram um saldo de dois mortos.
Gutiérrez é o terceiro presidente equatoriano destituído nos últimos dez anos. Ele assumiu o poder prometendo reformas sociais, mas muitos se sentiram traídos quando ele adotou políticas econômicas duras, tidas como neoliberais, assim que assumiu o cargo.
Um jato da FAB estava disponível para resgatá-lo desde quinta-feira, quando o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe concedeu asilo.
Desde a última quarta-feira, nos arredores da residência diplomática do Brasil, manifestantes pediam que Gutiérrez fosse julgado no país, sob gritos de "covarde", "ladrão" e críticas ao presidente Lula, por acolhê-lo.
Contra Gutiérrez há um mandado de prisão no Equador. Ele é acusado de ordenar a repressão violenta das manifestações na semana passada que pediam sua saída.
Gutiérrez, que venceu as eleições no fim de 2002, havia liderado mais de dois anos antes uma revolta civil e militar. Ele afirmou na sexta-feira que sua destituição foi "inconstitucional".
A capital, Quito, estava tranquila no domingo, com poucos sinais de reação à saída do ex-presidente.
Ele chegou com sua mulher Ximena Bohórquez Romero e uma de suas duas filhas, Viviana Estefania, por volta das 13h30 e foi conduzido de helicóptero a um hotel de trânsito do Exército, no setor militar urbano da cidade, informou a assessoria da Presidência da República. A outra filha do ex-presidente, Karina Ximena, ficou no Equador, onde faz um curso no Exército.
Gutiérrez foi destituído na última quarta-feira pelo Congresso por abandonar o posto e substituído pelo vice-presidente, Alfredo Palácio. Ele fugiu depois que o Exército retirou-lhe o apoio, permanecendo desde então na residência do embaixador brasileiro em Quito, que foi cercada por manifestantes raivosos, contrários à sua saída do país.
Durante sua saída nesta madrugada, porém, não houve resistência. O ex-presidente deixou o local sob um esquema de segurança especial e foi levado para a base aérea de Latacunga, 100 quilômetros ao sul da capital, para ser resgatado por um jato da Força Aérea Brasileira (FAB).
Segundo o brigadeiro Joseli Parente Camelo, encarregado da operação, o ex-presidente, sua mulher e filha chegaram à base aérea vestindo roupas militares. A operação foi rápida e o trajeto até o Brasil incluiu uma escala em Rio Branco, no Acre.
Camelo acrescentou que eles dormiram na maior parte do vôo e mostraram-se extremamente agradecidos. Emocionada, a mulher de Gutiérrez teria dito "Deus lhe pague, porque nós não podemos", contou o brigadeiro.
Na próxima terça-feira, Gutiérrez deve se reunir com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para discutir sua situação no país. Segundo uma fonte do Itamaraty, o período de asilo tem geralmente a duração de dois anos.
Em seu pedido de asilo, Gutiérrez, um coronel da reserva de 48 anos, dizia temer por sua integridade física.
"(...) Sinto-me pessoalmente ameaçado e incapaz de garantir minha liberdade e minha integridade física, assim como a de minha esposa e duas filhas", diz ele, segundo a nota.
CRISE CONSTITUCIONAL
Gutiérrez foi destituído por parlamentares da oposição no Congresso que consideraram que ele abandonou o cargo, pois não cumpriu com suas obrigações de presidente e fez o país cair numa crise institucional ao intervir no Poder Judiciário.
A decisão do Congresso foi tomada depois de uma semana de protestos, reprimidos violentamente pela polícia e que deixaram um saldo de dois mortos.
Gutiérrez é o terceiro presidente equatoriano destituído nos últimos dez anos. Ele assumiu o poder prometendo reformas sociais, mas muitos se sentiram traídos quando ele adotou políticas econômicas duras, tidas como neoliberais, assim que assumiu o cargo.
Um jato da FAB estava disponível para resgatá-lo desde quinta-feira, quando o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe concedeu asilo.
Desde a última quarta-feira, nos arredores da residência diplomática do Brasil, manifestantes pediam que Gutiérrez fosse julgado no país, sob gritos de "covarde", "ladrão" e críticas ao presidente Lula, por acolhê-lo.
Contra Gutiérrez há um mandado de prisão no Equador. Ele é acusado de ordenar a repressão violenta das manifestações na semana passada que pediam sua saída.
Gutiérrez, que venceu as eleições no fim de 2002, havia liderado mais de dois anos antes uma revolta civil e militar. Ele afirmou na sexta-feira que sua destituição foi "inconstitucional".
A capital, Quito, estava tranquila no domingo, com poucos sinais de reação à saída do ex-presidente.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/343755/visualizar/
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