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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Sábado - 23 de Abril de 2005 às 22:04

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O governo do Equador dará o salvo-conduto para que o presidente deposto Lucio Gutiérrez deixe o país em direção ao Brasil, reafirmou hoje o secretário de imprensa da presidência equatoriana, Carlos Cortez.

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"O governo nacional vai entregar a ele o salvo-conduto, porque é uma questão que está assinalada no direito internacional. Não há nenhuma dúvida disso e, depois disso, o embaixador do Brasil verá como e de que maneira levará o senhor (Gutiérrez) ao Brasil", disse Cortez, em entrevista à rádio "Sonorama".

Gutiérrez está na Embaixada do Brasil em Quito, mas até agora não foi visto no lugar pelos jornalistas e pelos manifestantes que cercam a sede diplomática.

Na quarta-feira passada, Gutiérrez foi destituído graças a uma decisão constitucionalmente confusa do Parlamento, onde 60 dos 62 deputados presentes - dos 100 que compõem a Câmara - apoiaram uma moção sobre "abandono do cargo", apesar de Gutiérrez estar no Palácio presidencial de Carondelet naquele momento.

Cortez lamentou o fato de se ter "especulado muito" sobre o assunto do salvo-conduto: "Não há nenhum problema".

"O que acontecer na OEA (Organização dos Estados Americanos), o que a OEA disser e o que nós tenhamos dito à OEA não tem que ser vinculado ao salvo-conduto ao ex-presidente Gutiérrez", acrescentou.

Depois de uma reunião ontem para analisar a situação política no Equador, a OEA decidiu enviar uma missão a Quito para estudar a situação política do país, mas ainda não foi divulgada uma data exata para a viagem.

Enquanto isso, em frente à Embaixada do Brasil continuam os protestos, embora menores que nos últimos dias, de manifestantes que acusam Gutiérrez de "assassino", "corrupto" e "ditador", e que exigem que o presidente deposto seja processado pela justiça equatoriana.

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula Da Silva, concedeu asilo territorial a Gutiérrez e colocou à sua disposição um avião que o trará ao Brasil assim que o presidente do Equador, Alfredo Palacio, outorgar o salvo-conduto.





Fonte: EFE

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