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Sábado - 23 de Abril de 2005 às 20:50
Por: Alana Gandra

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Rio - O estado do Rio de Janeiro quer recuperar sua participação na produção ferroviária brasileira, que já foi de 40% de 1965 a 1987 e hoje não chega a 10%. Com esse objetivo, o Programa Rio Ferroviário promove o I Encontro de Negócios, Oportunidades e Investimentos do Setor Ferroviário no Estado, nos dias 27 e 28, no município de Três Rios.

O programa é resultado de parceria do governo do estado com a Federação das Indústrias (Firjan), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RJ), a Prefeitura de Três Rios e a Associação Comercial e Industrial do município.

A gestora do Projeto Metal-Mecânico do Sebrae/RJ, Claudia Pacheco, informou à Agência Brasil que o objetivo é atrair para a região grandes empresas nacionais dos setores ferroviário e metal-mecânico, aproveitando a vocação de Três Rios e a localização privilegiada do parque industrial Santa Matilde. Há cerca de dez anos, esta foi uma das principais empresas ferroviárias do país, responsável pela criação e manutenção de 2 mil empregos diretos. Em Três Rios, a atividade chegou a representar 60% da economia local, permitindo a industrialização da região, que abrigava mais de 50 micro e pequenas empresas na cadeia produtiva.

O encontro é dirigido a fornecedores de equipamentos e contará com a participação de executivos de algumas das maiores companhias brasileiras dos dois setores, como a Vale do Rio Doce, Amsted Maxion Fundição e Equipamentos Ferroviários e MRS Logística.

O Programa Rio Ferroviário pretende aproveitar a tecnologia e a mão-de-obra qualificada existentes no estado, além da tradição do setor, para dar ao Pólo Ferroviário fluminense níveis de recuperação idênticos aos da indústria naval, resgatada em seis anos com a ampliação e modernização de 18 estaleiros. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Humberto Mota, quer que o estado volte a liderar a produção de equipamentos ferroviários no país, perdida para São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. O volume de encomendas previstas para os próximos três anos no setor é de US$ 3 bilhões.

Cláudia Pacheco afirmou que o adiamento do prazo de pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), determinado por decreto pelo governo do estado para o setor ferroviário, poderá constituir um elemento de atração das grandes empresas para o Rio de Janeiro, beneficiando todas as pequenas empresas da cadeia produtiva





Fonte: Agência Brasil

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