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Educação/Vestibular
Sábado - 23 de Abril de 2005 às 18:55

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Londres - Delegados da Associação de Professores de Universidades do Reino Unido - composta por 40 mil membros - decidiram, em reunião realizada em Eastbourne (Grã-Bretanha), boicotar as universidades israelenses de Haifa e Bar Ilan, em Tel Aviv, segundo o jornal britânico The Guardian.

Apesar da oposição do decano da associação, os professores britânicos acusam a Universidade de Haifa, no norte de Israel, de cercear a liberdade acadêmica dos que criticam o governo israelense.

Quanto à de Bar Ilan, os britânicos condenaram o fato de ter uma filial na Cisjordânia, no assentamento judaico de Ariel, onde vivem cerca de 35 mil pessoas. O assentamento está sobre terras consideradas por muitos como pertencentes aos palestinos.

Os professores, durante o boicote, não visitam nem participam de qualquer atividade envolvendo as universidades e seus projetos.

Um boicote similar contra a Universidade Hebraica de Jerusalém, cujo campus está situado em um território ocupado por Israel em 1967, foi retirado. Estas decisões foram tomadas na sexta-feira e alguns acadêmicos israelenses assinaram o pedido a favor do boicote.

Neste sábado, o ministério israelense de Assuntos Exteriores acusou a associação de professores britânica de hipocrisia.

"O fato de a AUT (sigla da associação em inglês) decidir apontar contra Israel, o único país no Oriente Médio que conta com liberdade acadêmica para todos os setores da sociedade e extremos políticos, é escandalosa", afirma um comunicado divulgado pela chancelaria.

O ministério citou países como Irã, Síria e Arábia Saudita, que não contam com liberdade acadêmica, e pediu aos britânicos para serem imparciais no boicote.

O boicote contra centros acadêmicos israelenses aconteceu pela primeira vez em 2002, após a operação militar "Muro de Defesa" de Israel contra a Cisjordânia e após o pedido da União Européia para que se adiasse o financiamento de projetos de pesquisa israelenses.





Fonte: EFE

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