PM reprime crime com apreensão de 187 vans irregulares

Rio de Janeiro - A Polícia Militar apreendeu 187 vans irregulares na zona oeste do Rio, entre a noite de sexta-feira e a manhã de hoje. A ação de repressão ao transporte ilegal é conseqüência do assassinato de três pessoas que a polícia acredita serem ligadas ao transporte clandestino e que podem estar envolvidas numa disputa de dois grupos pelos pontos de parada. O crime aconteceu na quinta-feira à noite, num bar em Campo Grande.

Um dos mortos é o PM Acirlei de Freitas, do 23º Batalhão, do Leblon. Os outros são o dono do bar, Wilson Lopes, e um empregado dele, identificado apenas como Carlos. Policiais e ex-policiais são acusados do crime e a Delegacia de Homicídios abriu inquérito para saber se há formação de quadrilha.

Dois deles foram autuados em flagrante, o soldado PM Carlos Jorge Silva Ramos, do 23º Batalhão, no Leblon, e o ex-PM Nazareno Alves Silva, de grupos rivais. Outros dois tiveram a prisão pedida, o policial civil aposentado Josimar José da Silva, o Mazinho, suspeito de ser o chefe de um dos bandos envolvidos na disputa, e o soltado PM licenciado, Alan Moreira da Silva. Em seu depoimento, Carlos Jorge disse que mais dois PMs e um bombeiro participaram do ataque ao bar. Eles foram identificados apenas como Charles, Ruso e Mendes.

O secretário de Segurança, Marcelo Itagiba, incluiu a apuração do crime na operação Navalha na Carne, que já puniu 130 policiais fluminenses. A principal testemunha é Mércia Maria de Albuquerque, namorada do PM Carlos Jorge, que foi ferida no tiroteio e contou à polícia que ele é segurança de vans na região.

Segundo ela, os dois estavam namorando num carro em frente ao bar quando Nazareno chegou com outros homens atirando. Carlos Jorge foi ferido, reagiu atingindo o ex-PM e fugiu. Só foi preso mais tarde, no Hospital Rocha Faria, onde era medicado com a namorada. Carlos Jorge foi quem acusou o ex-policial civil Mazinho de ser o chefe de um dos grupos que disputam o transporte clandestino na zona oeste.