China reconhece que pressão pode acelerar reforma do iuan
Zhou reconheceu que "se a pressão não for muito forte, a China fará sua reforma de acordo com suas próprias prioridades": "Mas se a pressão internacional for muito forte, isto poderia nos forçar a acelerar a reforma".
Esta é a primeira vez que Pequim reconhece o efeito da campanha internacional de pressão dos Estados Unidos (e de outros países em menor medida) para que a China liberalize a taxa de câmbio do iuan, revalorize a moeda ou pelo menos permita uma maior margem de flutuação.
Desde a última reforma, em 1993/94, o iuan mantém uma taxa de câmbio fixo (8,27 iuans por dólar americano), em uma estratégia deliberada, segundo Washington, para baratear as exportações chinesas destinadas ao mercado americano. No ano passado, os EUA tiveram o maior déficit comercial com a China de sua história.
"É bom para nosso trabalho, temos que ter um pouco de pressão", brincou o presidente do banco chinês, que não quis dar um calendário concreto para as mudanças. Zhou acrescentou que "as expectativas são muito grandes" entre os que esperam uma revalorização para solucionar o déficit comercial dos EUA ou reduzir os atritos comerciais com seus principais sócios.
Os analistas acham que a China está decidida a avançar em seu processo gradual de liberalização monetária (como Pequim diz), mas no seu ritmo e quando tiver conseguido sanear seu setor financeiro, incluindo os grandes bancos estatais, cheios de dívidas.
A reforma bancária revelou vários escândalos e fraudes, mas Zhou não se mostrou preocupado com isso, pelo contrário, defendeu o sucesso da reforma e a necessidade de reforçá-la para sanear todo o sistema financeiro.
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