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Medicamento para gestantes com HIV está em falta no Hospital Júlio Müller
O remédio AZT injetável está faltando no hospital Julio Müller, em Cuiabá. Ele é um medicamento usado duas horas antes do parto de paciente soropositivo para buscar diminuir as chances de infecção do bebê pelo vírus HIV (da AIDS).
Em Cuiabá, somente três hospitais fazem o parto de pacientes de alto risco pelo Sistema Único de Saúde (SUS), são eles: Hospital Júlio Muller, Hospital Santa Helena e Hospital Geral.
Na fármacia do hospital Júlio Müller, existem somente dois frascos de AZT. Quantidade suficiente para uma grávida de até 70 quilos.
O chefe da Farmácia do hospital Júlio Muller, Elder Cássio, confirmou a falta do medicamento, mas disse que conseguiu duas ampolas emprestadas do Hospital Geral, para serem usadas. "O Ministério da Saúde nos daria uma posição somente na segunda-feira, como não podemos ficar sem o medicamento, pedimos emprestado do Hospital de Geral, que tinha um estoque reduzido, mas ainda assim nos fornceu", explicou.
O superintendente do hospital Júlio Müller, Elias Nogueira, já tinha comunicado para a Secretaria de Estado de Saúde (SES) a falta do medicamento, mas foi informado que de fato o remédio não estava tendo em Mato Grosso e que a secretaria aguarda o repasse pelo Governo Federal.
O governo do estado diz que a culpa é do Ministério da Saúde, pois o governo Federal é o responsavel pela distribuição dos remédios nos estados. "Além de ofício e fax que enviamos, entramos em contato direto pelo telefone para tentar remanejar o medicamento de outros locais e estamos tentando ainda, entrar em contato com os secretários Estaduais de Saúde de outros estado para que possam fazer o remanejamento do medicamento", explicou o secretário adjunto de Saúde, Antônio Augusto de Carvalho.
De acordo com a coordenadora do Serviço de Atendimento Especializado de DST/AIDS do de Cuiabá, Marina Azen, está faltando AZT Injetável no Hospital Júlio Muller.
"Essa situação é preocupante, porque todas as gestantes que são sabidamente positivos por ocasião do parto, devem tomar o AZT duas horas antes do parto e os recéns-nascidos devem tomar o xarope desde as primeira seis semanas de vida", disse Marina Azen do Serviço de Atendimento DST/AIDS de Cuiabá.
Mas o problema é que nestes hospitais de referência é realizado o exame antes do parto para saber se as gestantes são portadoras do vírus, em caso afirmativo, o medicamento é aplicado, por isso, a falta do AZT Injetável é tão reocupante. Dados
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Mato Grosso, de 1984 a julho de 2004 foram registrados 2.571 casos de Aids em indivíduos maiores de 13 anos. Em menores de 13, nesse mesmo período, foram notificados 75 casos.
A SES destaca ainda que só em 2002 foram 210 ocorrências e em 2003, 211. No ano passado, de janeiro a julho, foram noticados 67 casos em Mato Grosso.
Segundo o coordenador de Educação e Saúde e do Programa DST e AIDS de Cuiabá, Elson José de Melo, no ano passado foram registrados 90 casos de Aids na capital. Desses 36 eram mulheres e 54 homens.
Desse ano os dados são de até o mês de setembro: 45 casos notificados, sendo 14 em mulheres e 31 em homens.
Segundo o Ministério da Saúde no comparativo entre 1998 e 2003 a Região Centro Oeste viu o índice saltar de 13,9 para 19,9 (mais de 43% de aumento). (AM)
Em Cuiabá, somente três hospitais fazem o parto de pacientes de alto risco pelo Sistema Único de Saúde (SUS), são eles: Hospital Júlio Muller, Hospital Santa Helena e Hospital Geral.
Na fármacia do hospital Júlio Müller, existem somente dois frascos de AZT. Quantidade suficiente para uma grávida de até 70 quilos.
O chefe da Farmácia do hospital Júlio Muller, Elder Cássio, confirmou a falta do medicamento, mas disse que conseguiu duas ampolas emprestadas do Hospital Geral, para serem usadas. "O Ministério da Saúde nos daria uma posição somente na segunda-feira, como não podemos ficar sem o medicamento, pedimos emprestado do Hospital de Geral, que tinha um estoque reduzido, mas ainda assim nos fornceu", explicou.
O superintendente do hospital Júlio Müller, Elias Nogueira, já tinha comunicado para a Secretaria de Estado de Saúde (SES) a falta do medicamento, mas foi informado que de fato o remédio não estava tendo em Mato Grosso e que a secretaria aguarda o repasse pelo Governo Federal.
O governo do estado diz que a culpa é do Ministério da Saúde, pois o governo Federal é o responsavel pela distribuição dos remédios nos estados. "Além de ofício e fax que enviamos, entramos em contato direto pelo telefone para tentar remanejar o medicamento de outros locais e estamos tentando ainda, entrar em contato com os secretários Estaduais de Saúde de outros estado para que possam fazer o remanejamento do medicamento", explicou o secretário adjunto de Saúde, Antônio Augusto de Carvalho.
De acordo com a coordenadora do Serviço de Atendimento Especializado de DST/AIDS do de Cuiabá, Marina Azen, está faltando AZT Injetável no Hospital Júlio Muller.
"Essa situação é preocupante, porque todas as gestantes que são sabidamente positivos por ocasião do parto, devem tomar o AZT duas horas antes do parto e os recéns-nascidos devem tomar o xarope desde as primeira seis semanas de vida", disse Marina Azen do Serviço de Atendimento DST/AIDS de Cuiabá.
Mas o problema é que nestes hospitais de referência é realizado o exame antes do parto para saber se as gestantes são portadoras do vírus, em caso afirmativo, o medicamento é aplicado, por isso, a falta do AZT Injetável é tão reocupante. Dados
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Mato Grosso, de 1984 a julho de 2004 foram registrados 2.571 casos de Aids em indivíduos maiores de 13 anos. Em menores de 13, nesse mesmo período, foram notificados 75 casos.
A SES destaca ainda que só em 2002 foram 210 ocorrências e em 2003, 211. No ano passado, de janeiro a julho, foram noticados 67 casos em Mato Grosso.
Segundo o coordenador de Educação e Saúde e do Programa DST e AIDS de Cuiabá, Elson José de Melo, no ano passado foram registrados 90 casos de Aids na capital. Desses 36 eram mulheres e 54 homens.
Desse ano os dados são de até o mês de setembro: 45 casos notificados, sendo 14 em mulheres e 31 em homens.
Segundo o Ministério da Saúde no comparativo entre 1998 e 2003 a Região Centro Oeste viu o índice saltar de 13,9 para 19,9 (mais de 43% de aumento). (AM)
Fonte:
RMT Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/343920/visualizar/
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