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Amorim vai a Israel para compensar cúpula árabe-americana
Brasília - Apenas 17 dias depois da reunião de cúpula dos países da América do Sul e do Mundo Árabe - principal evento da política externa do governo brasileiro -, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, desembarcará em Tel Aviv, no dia 28 de maio, para uma visita oficial a Israel. Para cumprir o roteiro, que irá até o dia 29, o chanceler concordou em se desligar da comitiva que acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua viagem ao Japão e à Coréia do Sul, como informou em entrevista ao "Jornal da Record".
A iniciativa tem o claro objetivo de contornar o mal-estar causado pela realização do encontro dos chefes de Estado sul-americanos e árabes em Brasília, nos dias 10 e 11 de maio, pelas iniciativas anteriores de aproximação do Brasil com o mundo árabe. Em dezembro de 2003, o presidente Lula realizou um tour por cinco países árabes - Síria, Líbano, Emirados Árabes, Egito e Líbia. Em fevereiro, o próprio Amorim visitou nove países, em preparação para a reunião de cúpula de maio.
O governo israelense vinha reclamando insistentemente dessas iniciativas. Recentemente, preocupados com o enfoque político da reunião de cúpula de maio e com possíveis declarações contra sua atuação no Oriente Médio e no conflito entre Israel e Palestina, os Estados Unidos pediram ao Itamaraty permissão para participarem como observadores. O pedido foi indeferido, e o próprio Amorim recomendou, em declarações à imprensa, que os americanos observem a reunião pela televisão.
Na entrevista ao "Jornal da Record", o chanceler insistiu em que o governo brasileiro sempre se empenhou em manter uma "posição amistosa" e em favor do diálogo com ambos os lados - árabes e israelenses - , na intenção de ajudar. Amorim disse, entretanto, que a questão do Oriente Médio certamente estará entre os temas de sua conversa com a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, na próxima terça-feira. Ele reiterou que não ouviu do governo dos EUA nenhuma manifestação de preocupação com a realização da reunião de cúpula sul-americana-árabe e afirmou que o encontro poderá contribuir para a democratização do mundo árabe.
A iniciativa tem o claro objetivo de contornar o mal-estar causado pela realização do encontro dos chefes de Estado sul-americanos e árabes em Brasília, nos dias 10 e 11 de maio, pelas iniciativas anteriores de aproximação do Brasil com o mundo árabe. Em dezembro de 2003, o presidente Lula realizou um tour por cinco países árabes - Síria, Líbano, Emirados Árabes, Egito e Líbia. Em fevereiro, o próprio Amorim visitou nove países, em preparação para a reunião de cúpula de maio.
O governo israelense vinha reclamando insistentemente dessas iniciativas. Recentemente, preocupados com o enfoque político da reunião de cúpula de maio e com possíveis declarações contra sua atuação no Oriente Médio e no conflito entre Israel e Palestina, os Estados Unidos pediram ao Itamaraty permissão para participarem como observadores. O pedido foi indeferido, e o próprio Amorim recomendou, em declarações à imprensa, que os americanos observem a reunião pela televisão.
Na entrevista ao "Jornal da Record", o chanceler insistiu em que o governo brasileiro sempre se empenhou em manter uma "posição amistosa" e em favor do diálogo com ambos os lados - árabes e israelenses - , na intenção de ajudar. Amorim disse, entretanto, que a questão do Oriente Médio certamente estará entre os temas de sua conversa com a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, na próxima terça-feira. Ele reiterou que não ouviu do governo dos EUA nenhuma manifestação de preocupação com a realização da reunião de cúpula sul-americana-árabe e afirmou que o encontro poderá contribuir para a democratização do mundo árabe.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/344019/visualizar/
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