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Nacional
Sábado - 23 de Abril de 2005 às 03:41

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Foz do Iguaçu - Entrou em vigor nesta sexta-feira a nova cota de importação para produtos comprados no exterior. O novo valor decretado no Diário Oficial da União, através de portaria da Receita Federal, saltou de US$ 150 para US$ 300. Foz do Iguaçu quer agora erradicar o congestionamento de veículos na Ponte Internacional da Amizade para reaquecer o turismo de compras no Paraguai.

A mudança de isenção de tributos aliada ao fim de semana levou muitos turistas a mudar o roteiro e ir às compras em Ciudad Del Este - fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Cerca de 15 mil visitantes, a maioria de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul que estão na cidade, devem ir às compras, também com a intenção de conhecer o maior shopping aberto da América Latina.

As lojas tradicionalmente freqüentadas por sacoleiros apostam na mudança. "Houve um aumento. Não são os muambeiros, mas turistas. No entanto vamos ter certeza de que a cota vai ajudar somente na próxima semana", prevê o comerciante, Mohamed Hoseff. Atualmente cerca de 60 mil pessoas atravessam a fronteira nos dias de maior movimento - aos sábados e quartas-feiras - em busca dos importados. Para trazer as mercadorias ao território brasileiro, cerca de 20 mil veículos, entre táxis, vans e motos percorrem os dois países.

A mudança de alvo do comércio está no fato de que o aumento da cota de isenção não privilegia as compras realizadas pelos sacoleiros. "Compras que têm como finalidade abastecer o comércio no Brasil não são contempladas pelo aumento. Para esse setor a isenção é zero", avisa o delegado da Receita Federal em Foz, José Carlos Araújo.

Somente nos primeiros quatro meses deste ano, já foram apreendidos cerca de US$ 15 milhões em mercadorias trazidas do Paraguai. O valor já é superior ao retido em todo o ano de 2003. O prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo Mac Donald Ghisi (PDT), considerou o aumento do valor da bagagem acompanhada como "uma nova retomada da economia entre as duas cidades". Ele garantiu porém que a necessidade atual é desafogar o trânsito. "A mudança tem de ser agressiva para fazer com que o turista não perca todo esse tempo na fila".




Fonte: Agência Estado

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