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Internacional
Sexta - 22 de Abril de 2005 às 23:50
Por: Ana Paula Scinocca

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São Paulo - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que o fato de o governo brasileiro conceder asilo político ao ex-presidente do Equador, Lucio Gutiérrez, "não significa de modo algum uma simpatia, preferência ou apoio em qualquer sentido. Ao contrário". Segundo Amorim, o asilo tem como objetivo não só proteger uma pessoa que por motivos políticos se sente perseguida ou ameaçada, mas também contribui para a paz social daquele país, já que, segundo o chanceler, a permanência do ex-presidente no Equador poderia ser um foco ainda maior de agitação.

O ministro informou que o salvo-conduto para a saída de Gutiérrez do Equador havia sido dado e, posteriormente, houve recuo das autoridades equatorianas. Os equatorianos, segundo Amorim, teriam argumentado que o salvo-conduto poderia causar maior convulsão social no país. "Mas entendemos também que a demora também tem efeito negativo", observou. Ele disse ainda que o asilo político foi determinado pelo presidente Lula porque Gutierrez escreveu uma carta, entregue à embaixada brasileira, pedido formalmente asilo e se comprometendo a seguir o estatuto do asilado, que proíbe a participação em manifestações políticas. "E o presidente Lula determinou que fosse concedido".

Segundo Amorim, tão longo venha para o Brasil, Gutierrez ficará alojado em uma casa, cujo endereço não foi informado, pertencente ao governo brasileiro. "Ele vai ficar lá durante um tempo razoável e depois veremos o que fazer", disse.





Fonte: Agência Estado

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